martes, 5 de enero de 2010

Marcílio Dias (o herói da Batalha do Riachuelo, embarcado no "Parnahyba") era rio-grandense e foi recrutado quando capoeirava

foto :Marcílio Dias-http://virgiliofreire.blogspot.com/2009/06/no-dia-de-hoje-ha-144-anos-marinha-de.html
Em 1865 o Brasil, junto com a Argentina e o Uruguai, declarou guerra ao Paraguai.O exército brasileiro formou seus batalhões e, dentro destes, um imenso número de capoeiras. Muitos foram "recrutados " nas prisões; outros foram agarrados à força nas ruas do Rio e das outras províncias; aos escravos, foi prometida a liberdade no final do conflito.Na própria marinha, o ramo mais aristocrático das Forças Armadas, destacou-se a presença dos capoeiras. Não entre a elite do oficialato, mas entre a "ralé" da marujada.
Marcílio Dias (o herói da Batalha do Riachuelo, embarcado no "Parnahyba") era rio-grandense e foi recrutado quando capoeirava à frente de uma banda de música. Sua mãe, uma velhinha alquebrada, rogou que não levassem seu filho; foi embalde, Marcílio partiu para a guerra e morreu legando um exemplo e seu nome.

FUENTE: (Correio Paulistano, 17/6/1890)


Fica para a história a Batalha Naval do Riachuelo, no dia 11 de junho de 1865. Nesta fase do conflito, a esquadra brasileira em combate contra a esquadra paraguaia, agigantam-se de abnegação patriótica o Guarda-Marinha João Guilherme Greenhalgh e o Imperial Marinheiro de Primeira Classe Marcílio Dias – que tanto já se distinguira nos ataques de Paissandú –, imortaliza- se ainda mais nesse dia. Heróis, mártires e defensores da Bandeira
, no convés do vapor “Parnaíba” sucumbem no seu posto de honra, mas não permitem a profanação do Pavilhão Nacional que chegou a ser arriado por um militar paraguaio, mas que diante da coragem dos marinheiros e dos soldados brasileiros, no mastro ficou firme e sereno, apenas sacudido pelos ventos. A tropa inimiga se retira do combate e o Pavilhão é içado novamente. Sobre este fato vale a pena ler o pronunciamento do Deputado Plínio Salgado (ARENA), na Sessão Solene do Congresso Nacional, do dia 10 de junho de 1965, em homenagem à Marinha do Brasil, ao ensejo do transcurso do primeiro centenário da Batalha do Riachuelo que, em um dos trechos, destaca: “(...) Lutam, Caem os bravos oficiais do Exército e da Marinha, um a um, na defesa do pavilhão nacional. É nesse instante que o Guarda-Marinha Greenhaugh e o
marinheiro de primeira classe, o celebre, o famoso Marcílio Dias, se imortalizam: arrancam
das mãos do inimigo as bandeiras, nelas se envolvem, tingem-nas com seu sangue vermelho de patriotismo e sucumbem envoltos no pavilhão nacional. (Palmas prolongadas.) Pouco depois, apesar de toda a tristeza e acabrunhamento pela perda daqueles heróis, eis que estrugem, com alegria, vivas ao Imperador, vivas ao Brasil, vivas ao Almirante Barroso. Que foi? Foi o “Parnaíba” que rechaçou os inimigos, foi o “Parnaíba” que tornou a hastear a bandeira verde-amarela de nossa Pátria! (Palmas.)” O tratado definitivo de paz entre o Império do Brasil e a República do Paraguai só foi promulgado em 27 de março de 1872, através do Decreto
nº 4.910, assinado pela Princesa Imperial Regente D. Isabel Cristina Leopoldina Augusta Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga, em nome do Imperador D. Pedro II.

fuente: A Construção da Democracia(pag 224-225)

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