jueves, 17 de septiembre de 2009

Cipaios(Sipais) convivieron con Brasileños(Brasil aún Colonia) en Mozambique no siglo XVIIII



FOTO:Agrupamento de sipaios indígenas(Moçambique), e seu comandante europeu, no período colonial.Crédito: Parte de uma foto, autor desconhecido, propriedade de Prof. Henrique Martins.

Em 1760, a guarnição foi elevada para 10 companhias e no ano seguinte para 11.Os soldados chegavam principalmente de Portugal, de Goa e, na segunda metade da centúria, do Brasil, na sua maioria, como degredados. Contudo, os reforços enviados para Moçambique eram, em geral, diminutos e, mesmo procedendo ao recrutamento local, raramente o regimento estava completo.No século XVIII, os portugueses deparavam com dificuldades crescentes para preencher o regimento de infantaria de Moçambique. Não só o Brasil atraía a maior parte dos que saíam de Portugal, como a elevada mortalidade verificada na costa oriental africana contradizia qualquer esforço de completar o exército com reinóis. Desenvolvendo um discurso sobre a inadequação dos soldados europeus ao meio moçambicano, durante a segunda
metade da centúria, a administração da colónia tentou encontrar alternativas no quadro do Índico. As soluções ensaiadas centraram-se, numa primeira fase, no recurso aos cipaios (Sipais) importados da Índia para conduzirem, posteriormente, ao recrutamento para o exército regular de soldados naturais da colónia, nomeadamente dos patrícios, nos Rios de Sena, e dos macuas
e suaílis, no litoral da ilha de Moçambique. Esse processo desembocaria no projecto, formulado na colónia e desenvolvido em Lisboa, de naturalizar o regimento de Moçambique, reservando o oficialato para os europeus. Não obstante, os inúmeros obstáculos levantados ao recrutamento local inviabilizariam a constituição de um regimento completamente preenchido
com gente da colónia. Integrando um longo processo de trocas intercoloniais entre a Índia
e Moçambique
, a experiência de recrutamento de cipaios indianos, a que sucedeu a constituição de companhias de cipaios moçambicanos, reflectirse- ia em Moçambique não apenas em termos militares, como também lingüísticos. De facto, a designação de cipaios importada da Índia transitou para os soldados africanos, incorporando-se na terminologia marcial moçambicana. Primeiro, para identificar as companhias de naturais da colónia que integravam o exército regular português, como foi o caso da companhia de macuas e suaílis da Terra Firme. Progressivamente, essa denominação estendeu-se a quaisquer combatentes africanos. As descrições sobre os confrontos militares oitocentistas identificam os combatentes moçambicanos,
tanto os soldados regulares ao serviço do exército português como os que eram mobilizados pelos senhores dos prazos, como cipaios89. As denominações locais para os soldados moçambicanos, como “cafres de arco” e achikunda, foram progressivamente elididas pela nomenclatura indiana.

Metodo Amoróes (Savate)


1835 Primeiros registros sobre capoeira, que em 1855 passa a ser coibida pela Polícia e, posteriormente, identificada com o nome de “carioca”. No ano de 1877 aparece, sob a forma decompetição, sinalizando a adesão popular ao esporte, em paraleloà sua feição elitista. 1841 Anúncio de uma apresentação de Ginástica (sic) no Teatro de São Luís, por um discípulo de Amóros – líder do movimento em prol da Educação Física na França - , Mister Willis, e um seu auxiliar.
http://www.atlasesportebrasil.org.br/textos/10.pdf

miércoles, 16 de septiembre de 2009

OS CAPOEIRAS: REPRESENTAÇÕES NA IMPRENSA E NA INTELECTUALIDADE DO SÉCULO XIX

OS CAPOEIRAS: REPRESENTAÇÕES NA IMPRENSA E NA INTELECTUALIDADE DO SÉCULO XIX
Samantha Eunice de M. Marques Pontes
Biblioteconomia e Documentação (UFF) e Mestranda em Memória Social da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO)
E-mail:
pegui@click21.com.br

...........Assim, era através do corpo e dos gestos que primeiro se conhecia o capoeira que atraía a atenção dos expectadores acidentais ou fiéis que o observavam em suas rotineiras atuações temidas e admiradas nas ruas da cidade. Palavras como “ajuntamentos” ou sinônimos estão constantemente relacionadas nas narrativas sobre as ações dos capoeiras, e demonstram que havia interesse popular pelas suas performances. A insistência das ações dos capoeiras, a despeito da forte repressão das autoridades e a forja de seu corpo fora dos padrões institucionais da época, são fatores que podem dar conta do mito da resistência que a capoeira representa até hoje.

APRENDIZ DE CAPOEIRA. Anteontem divertia-se o menor Antônio Soares de Araújo em exercícios acrobáticos de agilidade, que o vulgo chama de capoeiragem. O campo de exercícios era o largo da Sé, onde o rondante, não apreciando aquela cena, levou Antônio para a Primeira estação da Guarda Urbana.

Diário do Rio de Janeiro, 05 março 1872.

A repressão policial à prática da capoeira é descrita na nota acima publicada na segunda metade do século. Apesar de não estar aparentemente envolvido em nenhuma situação de conflito, o dito “aprendiz de capoeira” representa uma ameaça que deve ser combatida imediatamente. ...........
Na divisão simbólica do território da cidade percebe-se a marca do capoeira, que caracteriza os lugares com o estigma da desordem e do perigo, conforme relata a citação anterior. No entanto, a capoeiragem carioca constitui-se como uma organização tão hierarquizada quanto um grupamento militar, onde se destacam mestres e discípulos que se graduam de acordo com suas habilidades corporais testadas nas ações praticadas nas ruas. Tal hierarquia era reconhecida tanto pelos capoeiras quanto pelo restante da sociedade, que acompanhava suas façanhas nos constantes noticiários.
Apesar da proibição, era na rua, à vista de todos, que se processava o ensino da capoeira. E mesmo sendo coibido num dia, retomava dias depois no mesmo lugar. Esses lugares onde acontecia o treinamento dos novos capoeiras eram conhecidos e numerosamente freqüentados.
"Parece averiguado que o Largo da Sé é o campo escolhido para os recrutas da arte. Ontem às duas horas da tarde José Leandro Franklin, veterano experimentado e o noviço Albano, aquele ensinando, este aprendendo as artes e agilidades da capoeiragem, foram surpreendidos nos seus estudos pelos guardas urbanos, que mudaram-lhe o curso para o xadrez da polícia. À preleção de Franklin assistiam muitos colegas, e talvez aspirantes, mas estes infelizmente evadiram-se "
Jornal do Comércio. 11 março 1872


http://www.unirio.br/morpheusonline/numero07-2005/samantha.htm

Algunas citas sobre Capoeira

FOTO:Plácido de Abreu Morais (1857-1894) http://www.capoeira-infos.org/ressources/textes/t_placido_de_abreu.html

http://sala-prensa-internacional-fica.blogspot.com/2009/10/vocabulario-da-giria.html

1770 – A mais antiga referência da Capoeira enquanto uma forma de luta. “Segundo os melhores cronistas, data a capoeiragem de 1770, quando para cá andou o Vice-Rei Marquês do Lavradio. Dizem eles também que o primeiro capoeira foi um tenente chamado João Moreira, homem rixento, motivo porque o povo o apelidava de ‘amotinado’. Viam os negros escravos como o ‘amotinado’ se defendia quando eram atacados por 4 ou 5 homens, e aprenderam seus movimentos, aperfeiçoando-os e desdobrando-os em outros, e dando a cada um o seu próprio nome” (Edmundo 1951).

Citas: Joao Moreira (7)




1888 – Surge o primeiro livro sobre a Capoeira: o romance “Os Capoeiras”, de Plácido de Abreu, onde aparece a primeira nomenclatura de movimentos.



Nota:Legado de movimientois de capoeira-Plácido de Abreu:




A- Legado de Plácido de Abreu - 1886: Trastejar, Caçador, Rabo de Arraia, Moquete, Banho de Fumaça, Passo de Sirycopé, Baiana, Chifrada, Bracear, Caveira no Espelho, Topete a Cheirar, Lamparina, Pantana, Negaça, Ponta-pé e Pancada de Cotovelo




1889 – Proclamação da República. Deportação dos capoeiras considerados criminosos para o Arquipélago de Fernando de Noronha. Nasce a proposta da Ginástica Nacional, como instrumento de Educação Física, a partir do reaproveitamento dos movimentos da Capoeira. Esta forma desportiva foi liberada pela polícia.
http://www.capoeira-fica.org/Cronologia.htm

sábado, 12 de septiembre de 2009

Uma história não contada


"Uma história não contada" sobre la marginación del hombre negro en Brasil. libro: de Escrito por Petrônio Domingues .




Nota del pesquisador: Para marginar al africano,se le acusaba de capoeira cuando en blanco practicaba el savate.Seguir esta cita del libro:............Assim também a capoeira soube substituir o savate ...

PERNADA CARIOCA Y FADO BATIDO

GRABADO: Revista de Guimaraes vol 59 p70 Gravura nº 39 do catálogo 1875
Nota del pesquisador: O chamado fado batido surgiu no início do século XIX, como dança de umbigadas semelhante ao lundu. Popularizou-se primeiro no Rio de Janeiro e depois na Bahia. Na década de 1830, já existiam em Lisboa inúmeras casas de fado, onde moravam as fadistas, jovens que cantavam, tocavam e "batiam" o fado num ambiente de bordel. Por volta de 1840, o canto ganhou especial importância, o que parece haver coincidido com a substituição da viola pelo violão.



Cita sobre "fado batido-pernada carioca":
Fighting for honor: the history of African martial art traditions in the ...‎ - Página 204de T. J. Desch Obi - 2008 - 346 páginas
Fado had various modalities of dancing. One of them, called fado batido, was similar to Rio's pernada, a game in which one dancer used hip or leg attacks to

OTRAS CITAS:


de José Ramos Tinhorão - 2001 - 188 páginas
Em Portugal, segundo descrição de Pinto de Carvalho, (Tinop) na variante lisboeta dessa dança-luta chamada de fado batido, havia uma diferença: em lugar da ...
História social da música popular brasileira‎ - Página 113de José Ramos Tinhorão, Alexandre Barbosa de Souza - 1998 - 365 páginas
No capítulo "Os negros na origem do fado-canção em Lisboa" revela ter havido rodas de fado que funcionavam como as rodas de pernada dos crioulos do Brasil:

O rasga: uma dança negro-portuguesa‎ - Página 26de José Ramos Tinhorão - 2006 - 88 páginas
Embora, como se viu, já conhecida em Portugal essa dança do fado, os versos de seus cantos ganhariam ... conhecida em Portugal pelo nome de "fado batido"),

Fado, dança do Brasil, cantar de Lisboa: o fim de um mito‎ - Página 65de José Ramos Tinhorão - 1994 - 204 páginas
Daí o nome de pernada. Uma roda de batuque se forma ... dizem é que a habilidade dos participantes de tais rodas de pernada e, certamente, de fado batido,


PERNADA CARIOCA Y FADO BATIDO (II)






Brésil ,Escrito por Ferdinand Denis, Ferdinand-Jean Denis, César Famin
Borba de Moraes (rev. ed.) I, S.256 ; Bosch, Brasilien 417.1838 - 416 páginas. http://books.google.com/books?id=TjETAAAAQAAJ&pg=PA12&dq=peuples+sauvages+de+rio+de+janeiro&as_brr=3&ei=uNBqSpvSBJeMyQSarYySAg&hl=es





Chegada de D.Joao a Baia.Descubre el Berimbau y la Capoeira



NOTA DEL PESQUISADOR:Algunas fechas deben de revisarse nuevamente por tener citas con fechas que no son coincidentes.En esta época ya había esclavos MALGACHES(Moringue) en Bahía.Ver cita:
"Trafico de escravos - Escravos estes que foram trazidos para os diferentes países das Américas e das Antilhas, provenientes de regiões da África escalonadas de maneira descontínua, ao longo da costa ocidental, entre Senegâmbia e Angola. Provenientes, também, da costa oriental de Moçambique e da ilha de São Lourenço, nome dado época a Madagascar."


A Transferência da Família Real para o Brasil:
Suas Consequências
7.2. Chegada de D. João à Baía
D. João desembarcou na cidade da Baía60 a 22 de Janeiro de 1808, tendo recebido provas de muita estima e admiração por todos os habitantes que se dirigiram para o saudar ou simplesmente a vê‑lo, saudado pelo capitão‑general da colónia – o conde da Ponte e pelo arcebispo, por entre as mais vibrantes aclamações do povo. “A armada, desviada do caminho ordinario dessas navegações, o que visou foi verificar de passagem o que de real e positivo havia nas conjecturas dos entendidos, e essas conjecturas se confirmaram plena­mente.” 61


60 Vd. SAMPAIO, Theodoro – Historia da Fundação da Cidade do Salvador. Bahia: Tipografia Beneditina LTDA., 1949.
61 Vd. IDEM, Ibidem, p. 106.

viernes, 11 de septiembre de 2009

Angola nao tem Capoeira



Mestre Cajiquinha.

Washington Bruno da Silva, 1925-1993.Cajiquinha est né à Salvador le 25 septembre 1925. Il commença la capoeira en 1935 avec Mestre Raimundo Aberrê, originaire de Santo Amaro da Purificaçao.Il apprit le berimbau en 1938 avec Mestre Zeca do Uruguaio. Son apelido lui provient d'un ami et de chanson "Canjiquinha quente" chanté par Carmen Miranda, qui était , enfant, la seule chanson qu'il savait chanter, ce qu'il faisait constamment. A son époque Mestre Cajiquinha était réputé pour être un excellent chanteur.Il fut célèbre pour son vaste répertoire de chanson et son aisance pour l'impovisation, ainsi que ses adaptations des chansons folkloriques.


jueves, 10 de septiembre de 2009

1816-Cita sobre literatura deportiva en Brasil

1816, Abril 18, Rio de janeiro
Carta de Luís Joaquim dos Santos Marrocos para seu pai Francisco José dos Santos Marrocos
Notícias várias
Papel com o título da obra:
«Tractado da Gymnastica Medicinal extrahido do tractado d’Hygiene applicada à Therapeutica por J. B. G. Barbier, Doutor em Medicina. Publicado em Paris no anno de 1811».
Ms. Av. 54-VI-12, n.º 98 e n.º 98a
http://www.ippar.pt/sites_externos/bajuda/htm/catalg/catalog/marroc.htm
FUENTE PRIMARIA:http://www.ippar.pt/pls/dippar/ippar_home

Capoeira Angola

Artes do corpo ,Escrito por Vagner Gonçalves da Silva.(pag 212).............Pastinha ,em um depoimento,relata com grande acuidade, no que consiste ese técnica:(seguir recorte libro).http://books.google.es/books?id=ErbacXYBB0cC

BRASIL- I MUNDIAL OFICIAL DE CAPOEIRA


Resultados:

Federación Internacional de Capoeira

FEDERAÇÃO INTERNACIONAL DE CAPOEIRA
Entidade Internacional de Direção, Administração e Regulamentação Desportiva
Fundada da em 06 de junho de 1999 Filiada à União Mundial de Artes Marciais C.N.P.J. 03.680.332/0001-52
INTERNATIONAL FEDERATION OF CAPOEIRA - FICA
http://www.capoeira-fica.org/
capoeira.fica@gmail.com
A FICA é uma entidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos encarregada da padronização técnica, cultural, desportiva, educacional e administrativa da Capoeira, em todo o mundo. No desenvolvimento de suas atividades não faz distinção de etnia, cor, condição social, nacionalidade, credo político ou religioso. Tem sua origem a partir da criação do Departamento Nacional de Luta Brasileira, instituído pelo Presidente Getúlio Vargas, por meio do Decreto Federal 3199 de 1941, que deu origem ao Departamento de Luta Nacional da Confederação Brasileira de Pugilismo - CBP. Fundamenta-se em seu Estatuto Social, nas legislações dos países onde mantém suas sedes, nas Convenções Internacionais Esportivas, nas diretrizes do Comitê Olímpico Internacional – COI. É também fundadora da União Mundial de Artes Marciais –
WOMAU. Para o exercício de suas funções a FICA segue o Código Civil da Suíça.


MEDIDAS OFICIALES DE LA RODA DE CAPOEIRA



Las medidas oficiales para la práctica de la capoeira están disponibles aquí tanto para ser implantadas por entidades de la administración y práctica deportiva como por organizaciones gubernamentales y no gubernamentales. El área central tendrá una medida de 4,5 metros de radio, debiendo ser marcados para la práctica de la competición círculos concéntricos de las siguientes dimensiones:
- Área de seguridad: 2,3 metros de radio
- Área de juego de Sao Bento Grande (Regional): 1,5 metros de radio
- Área de juego de Sao Bento Pequeño (Angola): 1,2 metros de radio
Estas medidas deberán ser respetadas para la correcta práctica de la capoeira.
Este video muestra cómo se ejecuta el juego de la capoeira en la roda reglamentaria.




Capoeira deporte con todas las de la Ley



1995 - Reconocimiento de la Capoeira y vinculación de la Confederación Brasileña de Capoeira al Comité Olímpico Brasileño.

FOTO:Pfsr.Dtr. Sergio Luiz de SouzaViera fué el vinculador de la Capoeira Deportiva al COB.EN el año 2008,se reconoció la capoeira como património cultural inmaterial através de su texix doctoral que se puede seguir resumida en el siguiente libro: http://www.scribd.com/full/6241070?access_key=key-2jaz68xyb1iizlsans92



NOTA DE SERGIO VIEIRA:Entrega do requerimento que encaminhei ao Ministro do Esporte Agnelo Queiroz, em 2003, para a realização do Fórum Nacional de Políticas Públicas Para a Capoeira, evento que foi realizado nas Câmaras Municipais, Assembléias Estaduais e no Congresso Nacional do Brasil, realizado nos dias 14, 15 e 16 de setembro de 2004, em que foram discutidas diretrizes da Capoeira para o Desporto de Alto Rendimento, Desporto Escolar, Ação Social, Meio Ambiente, Terapêutica e Área Sociocultural. Na ocasião deliberou-se por unanimidade reivindicar o dia 15 de setembro como Dia da Capoeira.

1994-Brasil COB ,Primera clasificación de Atletas (Luchador de Capoeira)




libro:
El deportista en el mundo Escrito por Ramón Aguilar Ros, Alberto Palomar Olmeda.

A Capoeira de teimosos e obstinados


LIBRO: (PAG 84)Educação física & capoeira Escrito por André Luiz Teixeira Reis.

A CAPOEIRA E O ESPORTE

A CAPOEIRA E O ESPORTE: anotações a partir da sociologia figuracional de Norbert Elias LUCENA, Ricardo de F. – DFE/UFPBricoluce@hotmail.com
............No início da década de 1980, novamente Inezil P. Marinho propõe o projeto de Ginástica Brasileira, cuja base seria a capoeira, e apresenta a obra da seguinte forma: "A ginástica brasileira precisa ser institucionalizada, trazendo na sua essência um conteúdo místico, e a capoeira, como algo genuinamente nosso, arraigada a nossa cultura, há de constituir o cerne do trabalho que o autor pretende desenvolver (...) ( Marinho, 1982. p. 15).
E, mais adiante, conclui que "A „Ginástica Brasileira‟, idealizada pelo autor, absorve a capoeira (grifo nosso) em toda a sua amplitude e encontra na música afro-brasileira a espontaneidade do seu ritmo, que nasce de dentro para fora, marcando a cadência de cada movimento" (1982, p.22).
Esse processo de institucionalização avança sobremaneira. Se Marinho não viu se consolidar a capoeira como uma ginástica brasileira, a exemplo da ginástica sueca ou da francesa, certamente deu uma importante contribuição para os caminhos da sua institucionalização enquanto desporto. Assim, em 1990, é criada a Associação Brasileira de Professores de Capoeira; em outubro de 1992, é fundada a Confederação Brasileira de Capoeira (CBC), desvinculando a capoeira da Confederação Brasileira de Pugilismo, dando um caráter de independência a essa prática, que passa a ser gerida por uma confederação própria. Em junho de 1999, em São Paulo, é realizado o I Congresso Técnico Internacional de Capoeira, onde é aprovado o Regulamento Internacional de Capoeira, sacramentando um processo iniciado várias décadas antes, e a respeito do qual serão feitas algumas observações.
http://www.uel.br/grupo-estudo/processoscivilizadores/portugues/sitesanais/anais11/artigos/34%20-%20Lucena.pdf

Que ocurrió en este Simposio?

Que ocurrió en este Simposio?
Respuesta de A.L. Lacé:(4/09/2009)

Prezado Grande Pesquisador das Alturas, digo, das Astúrias!Seu trabalho realmente merece uma grande "costura" (leia-se: livro!).Quanto a sua pergunta - resultados práticos do Simpósio - creio que mandei para você um livreto, inspirado em literatura de cordel, que fiz alguns anos atrás sobre capoeira.Às páginas tantas gloso esses seminários & simpósios etc:

XI – Congressos Eleitoreiros & Turísticos

Só de “primeiro congresso”

mais de cem já freqüentei

mas sempre deles regressos

em entender o que escutei

Boa parte é queima de verba

em grandes fogueiras de vaidade.

Pobre de quem se exacerba

perdendo tempo e serenidade

Em toda época de eleição,caramba, como tem candidato

mostrando preocupação

com nosso confuso desiderato

Pois a união da Capoeira em véspera de eleição

seria vitória certeirapara qualquer sabichão

O que seria bom, certamente

e acabaria com todo mal

se a união fosse permanente

e não mera promessa eleitoral

Continuo, entretanto, otimista

pois é flagrante a renovação

o novo pesquisador-capoeirista

buscando a verdadeira razão

Todos, finalmente, exigindo

a verdade e não a versão

Para que, afinal, ficar fingindo?

Capoeira não precisa disto, não.

XII - Mestres Emergentes e Grandes Mestres...........................................................Mas exagerei, não é bem assim, toda reunião, pode até ser cansativa, mas sempre dá alguma contribuição.O grande inimigo, portanto, não são as reuniões (congressos, simpósios, oficinas, seminários etc), e sim o marketing mentiroso que, às vezes, é montado em cima dessa ou daquela reunião.Tem acontecido muito na Mundo da Capoeira, onde o próprio capoeirista, flagrantemente, está preferindo a versão fantasiosa à realidade.Fersen foi o grande nome desse Simpósio, Fersen Cigano como eu o chamava, não sei por onde anda, merecia ser entrevistado longamente.Não participei, estava em Nova Iorque em pleno mestrado (prova comprobatória em anexo).

Em tempo:

Assim como o evento no Parque Odeon foi coordenado por um major da Inteligência, também esse Simpósio teve a chancela militar (Aeronáutica). Levantaram a ficha de todos que participaram, segundo Fersen, detectaram alguns esquerdistas e dedos-duros. Veja bem, essa parece a história e a sina da Capoeira e do próprio Mundo

A Esportivização da Capoeira

Nota del pesquisador: En sucesivas lecturas de documentos fidedignos sobre la deportivización de la capoeira , salen a la luz debates como los que se encuentran en este documento adjunto, relacionados con la perdida de la "EXENCIA" de la capoeira. Tengo que decir que hoy día , en Brasil, no hay conciencia de que la capoeira ,en el ámbito de la legalidad, está definida y reconocida como Deporte de Creación Nacional y Patrimonio Cultural Inmaterial, y me pregunto,¿Cuantos capoeiristas leyeron estos documentos para poder debatirlos ?-El análisis de la capoeira como deporte , arte, etc no es un análisis exclusivo del pueblo brasileño, los demás pueblos del mundo tenemos derecho de opinión y acción de acuerdo a las leyes, normas, tradiciónes ,etc.
En Brasil, que es un país de exclusión social de los más pobres , encaja una visión de la capoeira como resistencia a la dominación de las leyes , pero este discurso no es compatible en un entorno global ;quiero decir,que en los paises desarrollados, el deporte cumple la función social que reclaman los que en Brasil ven la Capoeira Deportiva como pérdida de identidad, de resistencia, de exencia. Debo decir que es un error ir contra el Deporte en general , ya que a nadie se le prohíbe practicar capoeira como desee, pero en el ámbito deportivo hay reglas democráticas que cumplir. Lo mismo ocurre con otra actividades culturales-deportivas. A nadie se le prohibe que practique el Futbol en la calle, playa, etc................
En una ocasión , pregunte en España a um profesor de capoeira que si un alumno se accidentaba en un aula ,que haria?,me respondió que lo llevaría a la seguridad social , y esto es una falta de respeto a los que pagan impuestos y que deben cargar con este gasto , cuando en el medio deportivo existen los seguros de accidentes. Tengo una infinidad de detalles que contar los cuales no benefician en nada al desarroyo de la capoeira fuera de Brasil con la mentalidad y hacer del propio brasileño fuera de Brasil. La capoeira no es um medio dictatorial a imponer fuera de Brasil, ella debe de adaptarse y no hay una forma mas democrática y compatible internacionalmente que el Deporte y sus normativas. La cultura también es compatible en esta expansión pero de forma ilegal e irregular no. La función social que cumple la capoeira en Brasil através de asociaciónes de dudosa legalidad, en España la cumple el Ministerio de Asuntos Sociales.
Javier Rubiera es Vice-Pte de FICA.

A ESPORTIVIZAÇÃO DA CAPOEIRA: REFLEXÕES TEÓRICAS INTRODUTÓRIAS
Leonardo Prata Alves, Faculdade de Educação Física/UnicampPaulo César Montagner, Faculdade de Educação Física - Unicamp
A Esportivização da Capoeira
A semente da esportivização da Capoeira foi lançada com a criação da Capoeira Regional Baiana (1930), de Manuel dos Reis Machado - o Mestre Bimba. É neste momento que aparecem modificações consideráveis nos valores da Capoeira tradicional, ou Capoeira de Angola, como era
conhecida. Bimba, normatiza a Capoeira, trazendo uma recodificação que se antagoniza a alguns
elementos essenciais, como a ludicidade, a espontaneidade e a indiscriminação de seus participantes. Porém, é a partir de 1° de janeiro de 1973, com a vinculação da Capoeira à Confederação Brasileira de Pugilismo (CBP), que se intensifica o fenômeno da esportivização.
Resultados e Conclusões
Os autores, consultados durante o estudo, que refletiram e discursaram sobre a esportivização da Capoeira, ficaram muito presos às questões da perda da "essência" e da exclusão de possíveis praticantes, que a Capoeira-Esporte pode trazer. Argumentam nesta linha, pautados apenas numa vertente do esporte, o esporte-rendimento. Eles desconsideraram a existência dos outros possíveis níveis de participação esportiva (lazer e educação) e não idealizaram possíveis benefícios, conseqüentes da esportivização da Capoeira.
A Capoeira teve e deve ter uma essência de resistência frente à minoria que queira "domesticá-la", porém, faz-se necessário pautar-se numa argumentação substanciada e, ter a mentalidade aberta para ouvir quem está do outro lado da discussão (CBC, FICA, Estado, etc). E possível que coexistam diferentes níveis de práticas da Capoeira (participação, educação e competição), contudo, deve haver um diálogo, no sentido de definir modelos que não deturpem o significado desta arte, oriunda da cultura popular. Não podemos excluir a possibilidade das pessoas praticarem-na com o intuito competitivo e sim, lutar para que se defina um modelo de competição.
http://polaris.bc.unicamp.br/seer/fef/viewarticle.php?id=330

Roda - Influencias externas


A Escrita-de-Roda e Influências Externas
Explicou-me um conhecido mestre de capoeira (1990) que Paraná, citado na conhecida cantiga, foi o mestre baiano que introduziu a capoeira no estado do Paraná, merecendo por isso aquele nome. Eu então lhe perguntei em que época isso se deu, e ele apontou-me para a década de (19)50, quando grande número de baianos foram trabalhar nas frentes de colonização do Paraná. A força dos detalhes que acompanham a informação seria perfeitamente crível se eu não soubesse tratar-se Paraná da canhoneira tripulada por capoeiristas baianos que combateu na Guerra do Paraguai (1865-1870). Dessa forma, a educação oral metamorfoseia e reinventa a história das culturas não-escritas, dando-lhes os elementos de atualidade que elas necessitam para ter credibilidade para pessoas sem educação formal. A guerra do Paraguai está longe, mas a colonização do Paraná está perto. Isso em nada desmerece a tradição narrada, porque tal nova enrredação mítica preserva a tradição que é possível preservar. Isso também se dá no plano religioso.
Certo chefe religioso da África Ocidental, explicando-me o jogo de Ifá, disse-me que seu fundador, cuja coluna vertebral não se sustinha, jogava para trás os elementos da adivinhação por este motivo, quando saiu de Meca para dirigir-se à Nigéria.
Ora, o jogo de Ifá já existia quando Meca não havia sido fundada. O islamismo data apenas do século sétimo da era cristã e não tem qualquer precedência temporal sobre as religiões afro antigas, de que é, na verdade, um subproduto gerado desde a influência do antigo Egito no mundo da península arábica. A Nigéria é uma formadora mais antiga de religião do que sabem seus altos sacerdotes. Eles apenas reinventam a tradição e devem fazê-lo sob a pressão do islamismo, que paradoxalmente se torna assim um elemento de credibilidade para atualizar a tradição no tempo coetâneo. É por essa razão também que a cultura criada pelo povo não é primitiva, pois cada geração a recria, para conformar-se a suas dificuldades ambientais, étnicas e sociais.
Portanto, formar discípulo é uma tarefa cuja centralidade requer a adaptação da tradição a necessidade vivas, sendo o ambiente real em que a cultura se mantém atuante. É interessante observar que a capoeira dura desapareceu no Rio de Janeiro na década de (19)70, quando ela deixou de formar discípulos. De certa forma, ela sofreu naquela mesma década uma reinvenção, através do famoso Nastor Capoeira e, em certa extensão, pelo mestre Quarentinha, que recuperou alguns de seus movimentos para a capoeira angola. Vê-se que a independência do mestre não apenas transforma culturalmente uma linha de capoeira, como pode chegar a mudar o destino de um ramo específico da mesma. O mestre não apenas fornece ao aluno os meios para se desenvolver e personalizar a forma de luta, como fornece os valores que permitem ler o passado e construir o futuro. A chave de tais elementos se encontra na prática da escrita-de-roda.
O mesmo se poderia dizer das supostas relações dos jogos de varapau e de savate e a capoeira dura. Os jogos de varapau já existiam na cultura européia e asiática antigas, há dois mil anos, e atingiram na Europa grande difusão até o século 18. O savate, luta francesa com os pés das pessoas pobres, foi retomado por sobreviventes da aristocracia francesa, quando o governo da Revolução (fim do século 18) proibiu o uso da espada por civis em lugares públicos. Os nobres sobreviventes, tendo a frente a famigerada “juventude dourada”, formou círculos de auto defesa, em que se desenvolveu a técnica do savate e do seu inseparável jogo de bengalas. A bengala passava no savate e ser uma arma mortífera.

http://74.125.77.132/search?q=cache:M4gSkPDj-iAJ:dnbwilson.googlepages.com/ACapoeiraDuraeaReligioAfro-Brasileir.doc+Valente+tamb%C3%A9m+foi+um+negro+capoeirista+conhecido+por+Cir%C3%ADaco&hl=es&ct=clnk&cd=10

Capoeira e Educaçao física

CAPOEIRA E EDUCAÇÃO FÍSICA –UMA HISTÓRIA QUE DÁ JOGO...PRIMEIROS APONTAMENTOS SOBRESUAS INTER-RELAÇÕES*PAULA CRISTINA DA COSTA SILVAMestranda em Educação Física da Faculdade de Educação Física da Unicamp.Bolsista da Capes. E-mail: letpau@yahoo.com.br
IV. OS EMBATES NA CONFIGURAÇÃO DA CAPOEIRA MODERNA E O PAPEL DAEDUCAÇÃO FÍSICA NESTE UNIVERSO
É após o golpe militar, em 1964, que a capoeira vai se reorganizar e fortalecer-se ainda mais, adaptando-se ao novo momento histórico. Com a valorização do esporte como válvula de escape da repressão política, temos o enquadramento desta prática como um esporte de luta genuinamente brasileiro, passando a fazer parte da Confederação Brasileira de Pugilismo, ganhando, enfim... o status de esporte de competição. É neste triste período da história brasileira que a capoeira, uma manifestação popular de expressão de liberdade de criação, entra novamente na perspectiva de controle do Estado, mediante das organizações esportivas.Após a década de 1970, os capoeiristas de forma geral passam a se organizar em grupos, cada qual difundindo suas propostas de trabalho, iniciando na década de 1980 uma luta pelo mercado consumidor de atividades físicas. É também nesta fase que a educação física – antes ligada às práticas corporais voltadas para o adestramento do corpo para a produção – passa a se voltar para as práticas corporais com vistas ao consumo de produtos e valorização do modelo corporal imposto pelo sistema vigente, surgindo com evidência os modelos de corpos mercador e mercadoria11. Com o nascimento dos grupos de capoeira, tendo cada qual sua linha, filosofia,tradição herdada por determinado mestre etc., vemos aumentar a diversidade de sua prática, ao mesmo tempo em que as ligas, federações e a confederação vão lutar pela sua uniformização.Na década de 1980, os ares da abertura democrática invadem o país, propiciando a reorganização de vários grupos sociais e entre eles aqueles ligados à conscientização negra que buscam a valorização das manifestações culturais de origem africana. A partir desse fato, a capoeira angola toma novo fôlego e volta como uma alternativa à capoeira regional, esta já bem influenciada pela capoeira esportivizada. Como conseqüência temos a concorrência, que sempre existiu entreestas duas linhas, acirrando-se ainda mais pelo mercado consumidor. Anos mais tarde, vimos consolidado um sonho para os adeptos da capoeira – luta brasileira: em 1992, é fundada a Confederação Brasileira de Capoeira, sendo sua principal finalidade a exportação do esporte, para fazê-lo participar, num plano de médio a longo prazo, do calendário olímpico.Em meio a todas essas movimentações no sentido de constituí-la em um esporte de competição, há grandes desencontros por parte dos órgãos legais (federações e confederação) e os grandes grupos de capoeira. Todas estas entidades lutam, de acordo com seus interesses, pela disputa da hegemonia – no sentido gramsciano do termo – dentro do universo capoeirístico no âmbito nacional e internacional, gerando conflitos de ordem organizacional entre os mestres de capoeira,professores e praticantes.http://www.rbceonline.org.br/revista/index.php/RBCE/article/view/328/287

1969-II Simpósio de Capoeira

Nota del pesquisador: La referencia de la derecha es anterior al II Simposio del 1969,la fecha y fuente la hemos perdido.

FOLCLORANDO 1969-En un intento de unificar la Capoeira Angola y la Regional y reglamentarlas , Bimba abandona la sala del simpósio por no estar de acuerdo en reglamentaciónes ;Joao Pequenho ,en representación de Pastinha no habla.Un asesor de la Federación Carioca explica lo bueno que sería tener un deporte nacional reglado.

BIMBA- Batuque ,Savate ,Jiu Jitsu y otros

NOTA :(Nestor Capoeira)
Jair Moura (1991, pp.35-36) nos conta que em 1928, Aníbal Burlamaqui lançou seu Gymnastica Nacional (capoeiragem) Methodizada e Regrada (ver "6 - Anexo, iconografia", ilustração 12), que teve bastante repercussão: empenhado em "expurgar da capoeiragem o seu caráter delituoso para transformá-la num esporte", atraiu "muitos jovens da burguesia" e "infiltrando-se (a capoeira) nas camadas mais elevadas da coletividade, valorizou-se, propagou-se". O livro de Burlamaqui, lançado no Rio, teve repercussão até mesmo na Bahia, onde Bimba, "seguindo as pegadas" do autor e favorecido pelo decreto de Vargas que permitia a prática da capoeira "em recinto fechado", vai abrir a primeira academia na década de 1930.125_
É verdade que o baiano Bimba tomou conhecimento do livro do carioca Burlamaqui através de um de seus alunos, e também é verdade que o Rio de Janeiro - muito mais do que hoje em dia - tinha forte repercussão nacional . Mas dizer que mestre Bimba - o criador da capoeira regional - "seguiu as pegadas" de Burlamaqui, deu margem a "interpretações espúreas", talvez um reflexo daquela "luta pela hegemonia nacional" da qual nos falou Letícia Reis. Bimba sempre teve seu próprio rumo - assim com Pastinha, Valdemar e tantos outros -, por ele decretado, e moldado pela realidade baiana do início dos 1900s

Fuente fotos libros: http://saladepesquisacapoeira.blogspot.com/2009/03/bimba-cual-es-la-verdadera-historia.html

LIBRO: (PAG 195)
Artes do corpo Escrito por Vagner Gonçalves da Silva



http://books.google.es/books?id=ErbacXYBB0cC&dq=Clube+de+Uni%C3%A3o+em+Apuros&as_brr=3&source=gbs_navlinks_s


afirmación de Coelho Neto em 1910 repetida por Bimba en 1965 y 1972

RECORTE DE PRENSA:Sin fecha y sin fuente:




de Vagner Gonçalves da Silva - 2004 - 252 páginas
Repetindo uma afirmativa feita por Coelho Neto em 1928, Bimba ressaltou que a capoeira deveria ser ensinada "nos colégios e quartéis".

1969-Reflexiones de Pastinha y Jorge Amado

Journal :Bimba no Rio de Janeiro :https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgyzgMDlm__moPe11_1LasBfbAqrUiXfCB_kx2q5Ap2lDO3fq4lq31LeizGmSrQHQveQKX8Ca5uaxR_9mCWHp6uGSPoEeF4UgQ24jHtGyztfzbFddNUIa8QhFO6lqvuhw2NefNL3QbC3GPb/s1600-h/sinhozinho.gif
foto:Pastinha e Jorge Amado.


..............No entanto, essas novas representações da luta afro-brasileira, que a integraram à esfera do folclore e ao contexto das exibições turísticas, alteraram a sua maneira de ser praticada. A capoeira começou a ser vista como um espetáculo, o que a levou a um flagrante processo de pacificação. Essa mudança pode ser sentida no próprio discurso de mestre Pastinha:
No começo é que foi bom, capoeira era luta mesmo, era briga mortal. Por isso é que não pode ser esporte (...). Para o capoeirista brigar, tem que dar o golpe com força mortal. Por isso que agora se faz o jogo de capoeira à distância maior que o normal, mais lenta, para não acertar, para não matar ninguém. (O Estado de São Paulo, 16 de novembro de 1969.

...............O escritor Jorge Amado também reage às transformações realizadas por Bimba, publicando o seguinte trecho, em que afirma abertamente a sua posição:


Trava-se atualmente nos arraiais da capoeira na Bahia uma grande discussão.Acontece que mestre Bimba foi ao Rio de Janeiro mostrar aos cariocas da Lapa como é que se joga capoeira. E lá aprendeu golpes de catch-as-catch-can, de jiu-jitsu, de boxe. Misturou tudo isso à capoeira de Angola, aquela que nasceu de uma dança dos negros, e voltou à sua cidade falando numa nova capoeira, a “capoeira regional”. Dez capoeiristas dos mais cotados me afirmaram, num amplo e democrático debate que travamos sobre a nova escola de mestre Bimba, que a “regional” não merece confiança e é uma deturpação da velha capoeira “angola”, a única verdadeira. (Amado, 1958: 185)




nota del pesquisador :
Andre Luiz Lacé Lopes: ATLAS - Capoeiragem
Escrito por Andre Luiz Lacé Lopes
Terça, 10 Janeiro 2006

1944 AMADO, Jorge. Bahia de todos os santos (1º Edição). 21a. edição revista e atualizada. São Paulo: Martins, 1971. O livro foi publicado pela primeira vez no ano de 1944. Como todas as obras de Jorge Amado, esta também vem sendo reeditada constantemente e lançada em várias outras línguas pelo mundo afora. A partir da 22º edição, entretanto, um substancial e revelador parágrafo foi suprimido. Justamente o que menciona uma visita de Mestre Bimba ao Rio de Janeiro onde foi surpreendido pela alta eficácia da capoeira carioca. Especialistas em Bimba e em Amado defendem que o trecho foi apenas uma fantasia do grande escritor.

Jorge Amado-Memorias de viagem- Brasil 1960

"Pratica-se na Bahía uma especie de luta dança com os pés e as maos,um espectáculo bonito,análogo á prática francesa que precedeu o boxe clássico inglés,os adversarios dançan tendo como objetivo nao machucar o outro,chegando tao próximo quanto possivel dele- é necessaria muita astucia e habilidade.Agora,á noite,nas ruas desertas,travan-se outras lutas,a faca,a serio,e os inimigos acabam se matando uns aos outros".
Simone de Beauvoir-Brasil 1960
http://www.fundacaojorgeamado.com.br/memoriais_de_viagens.htm

1957-Moringue Reunionés prohibido por violento

foto color: http://simoneweb.altervista.org/img/webgallery/reunion/morengue/index.htm


foto: L'école à l'Ile de La Réunion entre les deux guerres Escrito por Paule Fioux, Louis Porcher




libro:
Regards croisés sur le patrimoine dans le monde à l'aube du XXIe siècle Escrito por Maria Gravari-Barbas, Sylvie Guichard-Anguis.






1953- Capoeira como Arte Marcial Oficial


dibujos:Método Zuma


Graças ao trabalho desenvolvido por Annibal Burlamaqui, estruturando os Departamentos de Luta Brasileira (Capoeiragem), nas Federações Estaduais de Pugilismo, em 1953, o governo brasileiro expediu a Deliberação 071/53 do Conselho Nacional de Desportos – CND, órgão do Ministério da Educação e Saúde Pública. Esta medida que tinha como objetivo exercer um controle sobre o cidadão que praticava atividades esportivas, em especial as Artes Marciais, enquadrando a Capoeira nesta categoria, determinava o cadastramento de todos os seus praticantes e sua comunicação aos órgãos governamentais. Esta medida, a despeito da sua natureza, caracterizou o segundo reconhecimento oficial da Capoeira como uma modalidade desportiva.


.......................O Método de Zuma, como vimos, tinha o nome de “Ginástica Nacional” e deu origem à “Luta Brasileira”. Embora sejam diferentes os conceitos de “Ginástica” e de “Luta”, ocorre que ambas provinham da mesma orientação: civilizar e difundir a Capoeira. Bimba, utilizando-se deste método e fazendo uso da legislação de sua época, registrou sua academia na Inspetoria do Ensino Secundário e Profissional da Secretaria da Educação, Saúde e Assistência Pública, do Estado da Bahia, obtendo em 09 de julho de 1937, o Alvará n° 1117, para o funcionamento de sua academia como Curso de Educação Física, sob o nome de “Centro de Cultura Física e Luta Regional”. Ou seja, a Capoeira, que na década anterior já estava liberada pela polícia no Rio de Janeiro, sob o nome de “Luta Brasileira”, agora estava registrada em Salvador sob o nome de “Luta Regional”. Desta forma um modelo desportivo nacional fora registrado por Bimba como sendo regional. Iniciou-se, a partir de então grandes desentendimentos sobre a mesma.
Esta situação de registro na capital nacional como “nacional” e nas demais capitais como “regional” era comum naquele período histórico. Este fato foi registrado no Jornal Diário da Bahia, na sua edição de 13 de março de 1936, na matéria: “Titulo Máximo da Capoeiragem Bahiana”, onde Bimba, dá uma longa entrevista acerca de seus desafios públicos na divulgação da chamada Luta Regional. Da mesma destacamos o seguinte trecho: “Falando sobre o actual movimento d’aquele ramo de lucta, genuinamente nacional uma vez que difere bastante da Capoeira d’angola, o conhecido Campeão (Bimba) referindo-se a uma nota divulgada por um confrade matutino em que apparecia a figura do Sr. Samuel de Souza. Do Bimba, de referência aos tópicos ouvimos: Ao som do berimbau não podem medir forças dois capoeiras que tentem a posse de uma faixa de campeão, e isto se poderá constatar em Centros mais adiantados, onde a Capoeira assume aspectos de sensação e cartaz. A Polícia regulamentará estas exibições de capoeiras de acordo com a obra de Aníbal Burlamaqui (Zuma) editada em 1928 no Rio de Janeiro... Antes de deixar a nossa redação Bimba, apresentou-nos um seu discípulo Manoel Rozendo Sant’ana, que aproveitou para lançar de público um desafio ao Sr. Samuel de Souza para uma lucta pelas normas traçadas pela direção do Parque Odeon, conforme se tem verificado 8”.

Nesta reportagem existem alguns itens que merecem uma atenção mais detalhada:
 A confirmação da influencia de Zuma no trabalho implantado por Mestre Bimba;
 O reconhecimento de Bimba ao trabalho de Zuma

 A afirmação de Bimba existia Centros mais adiantados em Capoeira que a Bahia, no caso, a Cidade de Rio de Janeiro;
 O interesse de Bimba pela prática desportiva da “Luta Nacional”;
 A integração de seu discípulo nesta inovação9;
 A adoção do regulamento de Zuma pela direção do Parque Odeon, onde se realizavam tais apresentações;
 A liberação pela polícia, daquela forma de luta já existente no Rio de Janeiro.

8 Diário da Bahia. Salvador 13 de março de 1936. http://saladepesquisacapoeira.blogspot.com/2009/05/declaraciones-de-bimba-1936-1303-diario.html

Fuente: Annibal Burlamaqui - Patrono

Capoeira no terreiro de mestre Waldemar

foto: Mestre Waldemar
Capoeira no terreiro de mestre Waldemar
Eunice Catunda
(São Paulo, 1915 — id. 1990)

Catunda, Eunice, Capoeira no Terreiro de Mestre Waldemar, Fundamentos—

Revista de Cultura Moderna, nº30, São Paulo, 1952, pp. 16–18


....Outra caraterística que ressalta na capoeira baiana é o fato de ambos os dançarinos, ou o grupo completo, pois às vezes há vários de dois a dois, atuarem com a mesma intensidade. Não é como a capoeira carioca, na qual um dos comparsas se matém imóvel, em atitude de defesa, enquanto só o outro ataca, dançando em volta do inimigo, assestando-lhe golpe sobre golpe[5]. Na capoeira de angola nenhum dos dois permanece parado. Pelo contrário, movimentam-se como fusos, como lançadeiras! E o espírito de alegria está sempre presente. Apesar da violência latente, não sobrevém a hostilidade. Há no meio daquilo tudo imensa fraternidade e júbilo. Verificam-se passes espirituosos de bailarinos brincalhões e sorridentes, a realizar difíceis e perigosíssimos passos e golpes. E entre os assistentes estouram sonoras risadas... Jamais vi, em danças de conjunto, nacionais ou estrangeiras, tão arrebatadora beleza, aliada a tal rapidez, precisão e fôrça reprimida, dominada por uma inteira disciplina e lucidez.


[5] A descrição da capoeira do Rio relembra a do batuque ou da pernada carioca por Edison Carneiro 1950, aliás outro autor aprovado pelo Partido... Edison Carneiro descreveu a capoeira bahiana em Negros Bantus em 1938. Mudou-se para o Rio no ano seguinte.

A construcçao coletiva da capoeira auténtica.

Nota del pesquisador: Como decía Carneiro de la vadiaçao ,en 1975,"Os jogadores se diverten fingindo lutar". En esta expresión , se pueden rescatar reminiscencias asiáticas en la capoeira(Vadiaçao) ya que el patrón corporal del arte marcial-juego del Bersilat, de origen en varios países asiáticos donde estuvieron Portugueses y Holandeses (y otros), los jugadores, siguen la misma motivación que la vadiaçao con la diferencia de éstos ,le ponen rítmo a la música.
VER VIDEOS DE SILAT:
http://salavideofica.blogspot.com/
Recorte: Capoeiras e intelectuais: a construcçao coletiva da capoeira auténtica:
Simone Pondé Vassallo.
Estudos Históricoa,Rio de Janeiro n32,2003 p110
http://www.cpdoc.fgv.br/revista/arq/354.pdf

O aluno de Sinhozinho, Carlos Alberto Pettezzoni - de branco em demonstração em New Orleans USA, em 1948



Agenor Moreira Sampaio, mais conhecido como Sinhozinho, ao centro, e alunos. Ano: 1940 (Paulo Azeredo é o último à esquerda). Sinhozinho, que sempre enfatizou o treinamento de força, foi um grande treinador e formador de campeões na capoeira e em outros esportes no Rio de Janeiro, na primeira metade do século XX. A capoeira de Sinhozinho, também conhecida como Capoeira Utilitária, era uma capoeira voltada para a eficácia como luta, inspirada na violenta capoeira carioca e não era acompanhada por instrumentos musicais.





O aluno de Sinhozinho, Carlos Alberto Pettezzoni - de branco em demonstração em New Orleans USA, em 1948 - foi o primeiro brasileiro a levar a capoeira para universidades estrangeiras e realizar apresentações e ensinar a capoeira fora do Brasil.
Fonte do documento: http://rohermanny.tripod.com/

método nacional de Educação Física Penna Marinho almejava elaborar uma “Ginástica Brasileira”


nota:Prof. Inezil Penna Marinho, que em 1945 publica a obra “Subsídios para o Estudo da Metodologia do Treinamento da Capoeiragem”, elaborada a partir de um trabalho científico que no ano anterior fora premiada em 1° lugar no Concurso Nacional de Monografias do Ministério da Educação e Saúde. Em sua página dedicatória encontramos o seguinte: “Dedicamos este pequeno trabalho aos capoeiras do Brasil, entre os quais Agenor Sampaio (o velho Sinhozinho) e Annibal Burlamaqui (Zuma), que tanto têm trabalhado para que a capoeiragem não desapareça6”
6 Marinho, Inezil Penna. Subsídios para o Estudo da Metodologia do Treinamento da Capoeiragem – Imprensa
Nacional, Rio de Janeiro, 1945, pg. 5.



PFSR.INEZIL PENNA MARINHO
Professor Inezil Penna Marinho, que em 1945 elaborou um estudo intitulado “Subsídios para o Estudo da Metodologia do Treinamento da Capoeiragem”, onde já pensava em criar um método nacional de ginástica que tivesse como base a capoeira. Essa idéia teve destaque nos anos 80 com a criação de um método nacional de Educação Física Penna Marinho almejava elaborar uma “Ginástica Brasileira”. A capoeira tem muito que ensinar, é uma lutar, dança, expressão corporal, técnica, enfim é cultura. Isso mostra que deve estar a serviço da educação como prática ligada necessidades básicas de nossa gente, nos aspectos físicos, psíquicos e culturais.http://www.ceme.eefd.ufrj.br/apresenta/home2.html


Filho do Cônsul Ildefonso Ayres Marinho e de Ignez Penna Marinho, o ex-aluno do Colégio Pedro II http://saladepesquisacapoeira.blogspot.com/2008/12/organizao-e-cotidiano-escolar-da.html Inezil Penna Marinho desde a juventude se destacava pelo gosto pela prática de esportes e pelo interesse pela filosofia, história e poesia.




“Os negros lutam suas lutas misteriosas: Bimba é o grande rei negro do misterioso rito africano”.



Reportaje de la década de 40, realizado por Ramagem Badaró (1980: 47-50):
¿Cuál es el toque? - São Bento Grande Repicado, Santa Maria, Ave Maria, Banguela, Cavalaria,
Calambolô, Tira-de-lá-bota-cá, ¿Idalina o Concepción de la Playa? - Bimba pensó rápidamente y
dijo: - Toque Amazonas y después Banguela. Los berimbaus comenzaron a tocar. El criollo se aproximó y Mestre Bimba le estrechó la mano. Y el pueblo comenzó a acompañar el tin-tin-tin de los berimbaus, aplaudiendo. Bimba balanzó el cuerpo y cantó: El día en que yo amanezco, Dentro
de Itabaianinha, Hombre no monta caballo, Ni mujer acuesta gallina, Las monjas que están rezando, Se olvidan de la ladainha. Pero el criollo no se quedó atrás y cantó, bamboleando el cuerpo en el compás de los berimbaus. La iúna es mandinguera, Cuando está en el bebedor, Fue sabia y es ligera, Pero capoeira mató. Palmas festejaron la respuesta del criollo. Sin embargo, Bimba no dio tregua a la victoria del otro. Y respondió: Oración de brazo fuerte, Oración de San Mateo, Para el Cementerio van los huesos, Sus huesos no los míos. Nuevamente el Pueblo aplaudió y cantó el estribillo de la capoeira: Zum, zum, zum, zum, Capoeira mata un, Zum, zum, zum, zum, En el terrero queda uno. El criollo, sin embargo, no dejó caer el cuarteto de Mestre Bimba y replicó: Y yo nací un sábado, El domingo me crié, Y el lunes, La capoeira jugué. La multitud gritó viva y aplaudió a los dos luchadores en el centro del círculo. Una negra comentó: - Buen muchacho! Se es tan bueno en la lucha como lo es en el canto, es bueno para Bimba. […] Había vencido la lucha. El pueblo invadió el terrero aplaudiendo al rey de la
capoeira. Bimba abrazó al adversario. Y el criollo demostró que era verdaderamente un hombre.
Cantó: San Antonio pequeñito, Amansador de burro bravo, Amánsame en capoeira, Con setenta
mil diablos. A Bimba le gustó el elogio y retribuyó, cantando: Yo conocí a un camarada, Que cuando nosotros andemos juntos, No va haber cementerios, Para que quepan tantos difuntos.


libro:BADARÓ, Ramagem. “Os negros lutam suas lutas misteriosas: Bimba é o grande rei negro do misterioso rito africano”. In Capoeiragem - Arte e Malandragem. Jair Moura, ed. Cadernos de Cultura 2. Salvador: Secretaria Municipal de Educação e Cultura, Departamento de Assuntos Culturais, Divisão de Folclore. 43-55, 1944.

BRASIL--DR. JOSÉ "CISNANDO" LIMA

Se tiende a creer que Cisnando fue el primer discípulo de Bimba. Cisnando se telefoneaba a menudo con A. Burlamaqui; fue a estudiar a Bahía; procedía de Ceará donde su padre tenía una hacienda en la que trabajaban coreanos(¿JAPONESES?); Cisnando estaba casado con una coreana(¿jAPONESA?). Hay una gran coincidencia entre los colores que implantó Bimba para las graduaciones de alumnos con las de la lucha coreana denominada Taekyon(¿karate?) que mantiene la misma corporalidad que la Capoeira pues en sus gestos, aparece la ginga pero en forma invertida, como era trabajada por A. Burlamaqui. Se presentan aquí nuevos indicios de multiculturalidad de la Capoeira.
1930-40-Encuentro de Cisnando y Bimba en Bahía.
1935-Bahia-Bimba exhibe sus alumnos en un evento de lucha de Capoeiragem-Cash Cash.http://saladepesquisacapoeira.blogspot.com/2009/03/1935-andre-jansen-em-salvador.html
1936-Cisnando-Curso de Capoeira com Bimba, Ruy, Delfino-Club Unión en Apuros.
http://www.portalcapoeira.com/capoeiradabahia/index2.php?option=com_content&do_pdf=1&id=234
1943- Cisnando regresa a Ceará hasta 1950 que regresa a Feira de Santana.Ba. .http://saladepesquisacapoeira.blogspot.com/2009/06/dr-jose-cisnando-lima-pedra-fundamental.html
NOTA:
Levantamento Nominal dos Formados de 1812 a 2008 da Faculdade de Medicina da Bahia - UFBA
1937- 4937. José Sisnando Lima
http://www.fameb.ufba.br/dmdocuments/formadosfmb1812a2007.pdf