lunes, 28 de febrero de 2011

2003- Sao Paulo- Third National Capoeira Congress

Figure 1: Nametag of an invited delegate to the National Capoeira Congress.
CONCEPTUALIZING CAPOEIRA:


THEORETICAL & METHODOLOGICAL CONSIDERATIONS

August 17, 2003, São Paulo
The most emotionally charged and potentially explosive moment of the Third National Capoeira Congress came when one of São Paulo’s oldest mestres took the podium. Overcome with emotion during the presentation by a young delegate from his state who supported the regulation of capoeira by the Federal Council of Physical Education, Mestre Pinatti, well into his 70s and walking with a cane, struggled uninvited onto the stage. Reaching the microphone, he raised a clenched fist and cried: “Capoeira is culture, not sport!” The deafening cheers from the floor were testimony that his opinion was shared by many of the gathered delegates. Encouraged, Mestre Pinatti went on to criticize the explicitly political atmosphere of the congress -- sponsored by the PCdoB (Communist Party of Brazil) -- and admonish his fellow capoeiristas to be wary of politicians whom he directly blamed for the “big mess the country is in.” In a voice trembling with emotion he closed his speech with, “At times I am prouder of being a capoeirista than a Brazilian!” An even stronger wave of cheers surged through the audience and a number of the older, prestigious mestres rushed onto the stage to shake his hand, tears in their eyes.
FUENTE: HARD PLAY: CAPOEIRA AND THE POLITICS OF INEQUALITY IN RIO DE JANEIRO, KATYA WESOLOWSKI, Submitted in Partial Fulfillment of the requirements for the degree of Doctor of Philosophy under the Executive Committee of the Graduate School of Arts and Sciences, COLUMBIA UNIVERSITY 2007

1961-CAPOEIRA Folha da Noite

CAPOEIRA

Publicado na Folha da Noite, sábado, 18 de fevereiro de 1961.
Neste texto foi mantida a grafia original
RUBEM BRAGA
Leio com interesse um livrinho de 1927, editado na Bahia, "Ginastica Nacional", que talvez não seja inutil nestes tempos. O autor chama-se A. Burlamaqui, mais conhecido por Zuma, um belo rapaz que pretende elevar à dignidade do boxe e do jiu-jitsu o nosso jogo da capoeira. Faz o historico dessa luta e explica seu nome pelo fato de ser nas capoeiras do interior que os negros, quando apareciam os soldados para prendê-los, aplicavam esses golpes. A capoeira tem, assim, uma "origem santificada", pois está ligada aos primeiros esforços para a libertação dos escravos no Brasil. Nas fotografias que ilustram o livrinho, os jogadores aparecem de peito nu, calções até os joelhos e botina. O regulamento diz que devem ser usadas botinas, pois sapatos caem do pé no decorrer da luta. Muito humanitariamente, prescreve que as botinas não devem ter botões e sim cordões e não devem ter na sola pregos salientes, nem chapas de metal. O mais que podem levar são barras transversais, ou rosetas de borracha que não salientem mais de cinco milimetros. Os golpes são numerossos, e com eles "poderemos acometer os demonios". A rasteira, com sua variedade "corta-capim"; o "rabo de arraia", com o qual "o nosso Ciriaco venceu o japonês com seu jiu-jitsu"; a cabeçada cujo efeito é "demasiado terrivel"; o "facão", a "banda de frente', o "baú", que é dado com a barriga; o "rapa", a "tesoura", a "queixada', que consiste em um ponta-pé no queixo; o "dourado", o "escorão", em que se simula um recuo para dar um ponta-pé na barriga do sujeito; a "baiana", o "passo de cegonha", o "tombo de ladeira", a "xulipa", a "chincha" ("corre-se para o inimigo como a abraçá-lo, e, agachando-se rapido, puxa-se as pernas dele, abaixo dos joelhos, ajudando-o a cair com uma cabeçada"), o "me esquece", o "voo do morcego" e o "suicidio". Este ultimo é original e terrivel, porque se o inimigo estiver armado de punhal ou faca, suicida-se infalivelmente." O autor até sente escrupulos em contar sua tecnica: "talvez faça mal em descrevê-lo". Felizmente o livrinho ensina tambem os contra-golpes, alguns violentos. E, para finalizar, ensina os chamados "golpes de tapeação", como a pisadela no pé do adversario, o olhar falso, o gesto de fingir que se vai tirar com o pé qualquer coisa do chão, para que o adversario se descuide um instante. E ainda este golpe, evidentemente pouco elegante, "finge-se que se vai cuspir no adversario, fazendo-o fechar os olhos e aí aproveita-se a occasião dando-lhe o merecido castigo." Nas gravuras, os jogadores aparecem não apenas de botinas como de meias e ligas, o que tambem não me parece muito elegante. Mas nem a capoeira, nem a politica são, afinal de contas, coisas de muita elegancia.

fuente: http://almanaque.folha.uol.com.br/rubembraga2.htm

martes, 22 de febrero de 2011

1645- PERNAMBUCO -INSTRUMENTOS AFRICANOS INDIOS Y EUROPEOS

FUENTE: Author: Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais (Brazil), Publisher: Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil : O Instituto, Year: 1908, Language: Portuguese, Description based on: Vol. 17 (1973/1974), Publication suspended 1949-1956, Vols. 1-3 also numbered by ano

sábado, 19 de febrero de 2011

1886- Capoeira en la escuela

Na rua não havia senão meninas e ninguém podia separá-los. Franti atirou-o ao chão, porém Stardi ergueu-se logo e investiu de novo ; mas Franti batia-lhe como numa porta; num momento arrancou-lhe metade de uma orelha, machucou-lhe um olho, e fez-lhe deitar sangue pelo nariz. Mas Stardi, forte, rugia: — Mata-me, mas hás-de pagar-me. E Franti, de cima, aos bofetões e ponta-pés; e Stardi de baixo, correspondia com cabeçadas e muros.
Uma senhora gritou da janela: — Bravo, rapaZ!
Diziam outras:
— É um irmão que defende sua irmã... Coragem!
Dá-lhe, dá-lhe sem pena.
E gritavam a Franti: —I Preverso, covarde!
Franti estava furioso; passou-lhe uma rasteira. Stardi caiu por baixo dele. — Rende-te!
— Não! — Rende-te! — Não!
E num pulo conseguiu Stardi levantar-se, e, cingindo Franti pela cintura e fazendo um furioso esforço, atirou-
o de costas na calçada, e pôs-lhe um joelho no peito. — Ai! que o infame puxa por uma faca; gritou um homem correndo para desarmar Franti.
FUENTE: Coração. Trad. de V. de Magalhães ([n.d.]), : De Amicis, Edmondo, 1846-1908; Magalhães, V. de , Publisher: Lisboa Emprêsa Literária Universal, Language: Portuguese


NOTA: O estudo analisa o sucesso editorial de Coração. Diário de um menino (1886), de Edmundo De Amicis (1846-1908) - recomendado como livro de leitura para meninos de 9 a 13 anos, na escola brasileira. Através da narrativa confessional, a obra procura educar e moldar o leitor, na perspectiva de ensinabilidade da moral e das virtudes cívicas, fortalecendo o caráter nacional do futuro cidadão. No período da Primeira República (1889-1930), o caráter nacional foi fortalecido através da educação moral, cívica e religiosa - eixo das preocupações para os que almejavam o controle das relações e estruturas sociais para regenerar o País. A obra representa os valores da ilustração brasileira quanto ao projeto pedagógico republicano de formação do novo homem para o novo regime - crença ilustrada nas virtudes da instrução moral e cívica, como forma de manter a ordem social. http://galaxy.intercom.org.br:8180/dspace/bitstream/1904/17514/1/R0767-1.pdf

viernes, 18 de febrero de 2011

1890-BRASIL-Capoeiragem prohibido

FUENTE: (pág 191) Die strafgesetzgebung, der gegenwart in rechtsvergleichender darstellung (1894)

Author: Internationale kriminalistische vereinigung. [from old catalog]; Liszt, Franz von, 1851-1919; Crusen, Georg, 1867- [from old catalog], Publisher: Berlin, O. Liebmann, Year: 1899, Language: German

martes, 15 de febrero de 2011

O 22 da "Marajó" -CAPOEIRAGEM

(pág 221)-Antes de futebol, só a capoeiragem conseguiu um cultozinho entre nós e isso mesmo só nas classes baixas. Teve seus periodos áureos, produziu seus Friedenreichs, e afinal acabou perseguida pela policia, com grande magua dos tradicionalistas que viam nella uma das nossas poucas coisas de legitima creação' indigena.
(pag 222) O 22 da "Marajó" era um imperial marinheiro, mestre em desordens e amigo de revirar de pernas para cima kiosques de portuguezes. Rapazinho bonito, imperava na Saúde onde suas proezas de capoeira excepcional andavam de bocca em bocca, discutidas como façanhas de Rolando. E taes fez que o governo, incommodado, deportou-o para o norte, a servir no Alto Amazonas em canhoneira da flotilha estacionada no Pará.
(pag 224) Certa vez em que o Petronio passava mais imponente do que nunca, coincidiu approximarse da roda chique um capoeira mordedor, que se gabava de ser mestre em "soltas". Quem sabe hoje o que é "solta", nesta época de kikes e shooies? Solta era uma cabeçada sem hands, isto é, sem encostar a mão no adversário. Mas o capoeira chegou e mordeu-os em cinco mil reis.
(225) — E já! exclamou o capoeira, gingando o corpo. E tirando o chapéo foi postar-se na calçada por onde vinha o 22, de cartola e monóculo, sacudindo passos de lord, muito esticado dentro do seu croisé cortado em Londres. Um, dois, três. . . Quando Petronio o defrontou, o capoeira avança e despeja-lhe uma formidável e primorosa cabeçada. O desconhecido, poréM, quebrou o corpo, e a cabeça do atacante foi de encontro á parede, ao mesmo tempo que um pé bem manejado plantava-o no chão com elegantissima rasteira. O mordedor, tonto e confuso, mal ergueu-se e já desabou de novo, cerceado por outra gentil rasteira. Passara, imprevistamente, de aggressor a aggredido e, desnorteado, deu sebo ás canelas, indo apalpar o gallo a cem passos de distancia.
FUENTE: A onda verde [microform] (1922), Author: Lobato, Jose Bento Monteiro, 1882-1948, Publisher: São Paulo : Monteiro Lobato

domingo, 13 de febrero de 2011

O famoso Vidigal

(pag 224-225) Era coronel -do corpo de policia Jose Maria Rebello e major o famoso Vidigal, vivo ainda na recordagao fluminense, munido da chibata com que surrava sem escrupulos os capoeiras que entraram a infestar e amotinar com suas maltas a pacata cidade, associados aos embarcadigos ebrios da crescente navegagao estrangeira. A tradigao pinta o major apparecendo inesperadamente nos batuques, empolvando os vagabundos que, depois de castigados, eram levados a assentar praga, e rastejando admiravelmente os criminosos.

Comtudo os furtos no Rio eram frequentes e cada dia se iam tornando mais, assim como as brigas invariavelment? assignaladas com facadas, a medida que augmentava em numero a rale desordeira. O representante francez escrevian um de seiis officios (i) que nao possuindo a policia portugueza bastante actividade nem meios sufficientes de desempenhar o seu papel, acontecia serem raramente punHos os delictos commettidos pelos nacionaes e, pelo que toca aos estrangeiros, contentar-se a administragao com expulsar aquelles cujo comportamento se Ihe tornava suspeito. O facto e que as devassas encontravam grandes difficuldades e os crimes offereciam entao muito maior probabilidade de ficarem impunes, apezar de toda a habilidade de Vidigal.
Tanto estavam porem mais em harmonia com a falta de educaçao do povo e as ideas correntes os processes summaries do major e seus acolytos, que em 1821, depois do 26 de Fevereiro e consequente substituicjio de Paulo Fernandes Vianna por Pereira da Cunha, peoraram muito as condigoes policiaes da cidade, a qual ficou anarchizada, soltando-se as maltas de capoeiras que, armados de navalhas e as cabeçadas, espalhavam o terror nas festas e nos ajuntamentos populares.
FUENTE: Dom João VI no Brazil, 1808-1821 Volume 1 (1908), Author: Lima, Oliveira, 1867-1928, Subject: John VI, King of Portugal, 1767-1826; Brazil -- History 1763-1822, Publisher: Rio de Janeiro : Typ. do Jornal do Commercio, de Rodrigues, Language: Portuguese

martes, 8 de febrero de 2011

1918- Gatunos e Capoeiras

TURBIIVHÃO 215-215

O seu ideal era viver como o Junqueira, o impassível Junqueira que, com um charuto na boca, balançando a perna, perdia dezenas de contos com a mesma serenidade, com a mesma superior indifferença com que estourava as bancas em dias felizes. Afinal —com quanto entrara? Com vinte mil réis, tendo perdido dez na espelunca do Cordeiro.
Não tornava áquelle antro, onde se falava uma algaravia impenetrável e o ar era todo fumo e despejados bafos d'alcool. A gente era uma canalha; capoeiras, gatunos, até um Castro, por alcunha o Faísca, que era dos mais assíduos, sempre obsceno, e bravateador, mostrava navalhas celebres, entre ellas, uma mais querida, de lamina gasta, que rasgara ventres. Não lhe convinha aquillo.
Falar com o Junqueira era até chie, porque sempre o via em boas rodas, mas comprimentar qualquer daquelles typos do antro, era uma vergonha que o compromettia.

340- XVII

Habituada a viver entre valentes, homens atrevidos que não recuavam diante de perigo algum, achava desprezivcl o seu novo amante. Percebera- lhe a fraqueza, o medo, e aborreceu-o. Lá fora estava o homem de -temido, o capoeira apontado por todos como um heroe. As suas façanhas eram celebres, os próprios companheiros respeitavanino e, pensando nelle, sentiu-se attrahida. Deu d'hombros e, levantando-se, abriu resolutamente a janella e debruou-se. Alamede avistou-a; sorriu, um sorriso mau, de ameaça. Ella fez-lhe signal, chamando-o.
fuente: Turbilhão [microform] (1918), (2ª ed.), Author: Coelho Netto, Henrique, 1864-1934, Publisher: Porto : Livraria Chardron, Rua das Carmelitas, 144, Language: Portuguese

1889- caapuéra nao e capoeira






FUENTE: Boletim (1889),Author: Instituto Geográfico e Geológico (São Paulo, Brazil); São Paulo (Brazil : State) Commissão Geographica e Geologica. Boletim; São Paulo (Brazil : State). Commissão Geográphica e Geológica. Boletim, Subject: Geology, Publisher: São Paulo, Year: 1889, Language: Portuguese, Notes: Description based on: Ano 30, no. 1 (1978); title from cover.

domingo, 6 de febrero de 2011

1869-Capoeira - Jogo Atletico

FUENTE: (PAG 35) , Diccionario de vocabulos brazileiros (1889), Author: Beaurepaire, Henrique de Beaurepaire Rohan, visconde de, 1812-1894. [from old catalog], Subject: Portuguese language; Portuguese language, Publisher: Rio de Janeiro, Impr. Nacional, Year: 1889, Language: Portuguese, Notes: "Relação dos auctores e obras mencionados": p. [xv]-xvii.