sábado, 19 de febrero de 2011

1886- Capoeira en la escuela

Na rua não havia senão meninas e ninguém podia separá-los. Franti atirou-o ao chão, porém Stardi ergueu-se logo e investiu de novo ; mas Franti batia-lhe como numa porta; num momento arrancou-lhe metade de uma orelha, machucou-lhe um olho, e fez-lhe deitar sangue pelo nariz. Mas Stardi, forte, rugia: — Mata-me, mas hás-de pagar-me. E Franti, de cima, aos bofetões e ponta-pés; e Stardi de baixo, correspondia com cabeçadas e muros.
Uma senhora gritou da janela: — Bravo, rapaZ!
Diziam outras:
— É um irmão que defende sua irmã... Coragem!
Dá-lhe, dá-lhe sem pena.
E gritavam a Franti: —I Preverso, covarde!
Franti estava furioso; passou-lhe uma rasteira. Stardi caiu por baixo dele. — Rende-te!
— Não! — Rende-te! — Não!
E num pulo conseguiu Stardi levantar-se, e, cingindo Franti pela cintura e fazendo um furioso esforço, atirou-
o de costas na calçada, e pôs-lhe um joelho no peito. — Ai! que o infame puxa por uma faca; gritou um homem correndo para desarmar Franti.
FUENTE: Coração. Trad. de V. de Magalhães ([n.d.]), : De Amicis, Edmondo, 1846-1908; Magalhães, V. de , Publisher: Lisboa Emprêsa Literária Universal, Language: Portuguese


NOTA: O estudo analisa o sucesso editorial de Coração. Diário de um menino (1886), de Edmundo De Amicis (1846-1908) - recomendado como livro de leitura para meninos de 9 a 13 anos, na escola brasileira. Através da narrativa confessional, a obra procura educar e moldar o leitor, na perspectiva de ensinabilidade da moral e das virtudes cívicas, fortalecendo o caráter nacional do futuro cidadão. No período da Primeira República (1889-1930), o caráter nacional foi fortalecido através da educação moral, cívica e religiosa - eixo das preocupações para os que almejavam o controle das relações e estruturas sociais para regenerar o País. A obra representa os valores da ilustração brasileira quanto ao projeto pedagógico republicano de formação do novo homem para o novo regime - crença ilustrada nas virtudes da instrução moral e cívica, como forma de manter a ordem social. http://galaxy.intercom.org.br:8180/dspace/bitstream/1904/17514/1/R0767-1.pdf

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