NOTA DEL PESQUISADOR: Couto Magalhaes ,habría financiado una escuela de capoeiragem en Sao Paulo( ver link). En el artículo de más abajo ponemos observar como Couto estaba cerca de los abolicionistas y sociedaes de hombres negros; debemos recordar que la S.D.F. Uniao de Juventude en 1920 dejó de practicar capoeira en sus instalaciónes por miedo. Em 1897, o general Couto de Magalhães disse que a capoeira não deveria ser perseguida mais sim dominada e ensinada em escolas militares. Em 1893 o governo de Floriano Peixoto mandou prendê-lo por ter doado parte de sua fortuna para a fundação de um hospital destinado aos revoltosos da armada e do Rio Grande do Sul. Na prisão, sua saúde se debilitou e lhe foi facultado ir para a Europa, para tratamento e em reconhecimento ao seu alto saber. Volta aos 61 anos e falece aos 14 de setembro de 1898. Dois anos antes, (1896), tornara-se proprietário das terras do Sítio do Itaí.
http://eu-bras.blogspot.com/2010/01/os-capoeiras-do-duque-extrada.html
Associações operárias mutualistas e recreativas em Campinas (1906-1930)
Sociedade Beneficente Isabel, a Redentora, associação formada por ferroviários que pretendiam homenagear a figura monárquica considerada responsável pela libertação dos escravos. A diretoria apresentava tendências monarquistas, construindo relações próximas com o cônsul português, e objetivando enviar seus estatutos para a própria princesa Isabel, através do Dr Couto de Magalhães, diretor d’O Comércio de São Paulo.
Outro tipo de identidade construída entre os trabalhadores negros estava presente no funcionamento da Liga Humanitária dos Homens de Cor, na Sociedade Dançante Familiar União da Juventude, na Federação Paulista dos Homens de Cor, no Colégio São Benedito. Nessas organizações havia a “luta pelo engrandecimento da raça”, principalmente através da educação, da construção de uma imagem que valorizasse o negro, distanciando-o das bebidas alcoólicas, das situações consideradas imorais, da pobreza e miséria. A Federação Paulista dos Homens de Cor organizou diversas recepções ao deputado Monteiro Lopes, mobilizando as associações negras em Campinas. Além disso, declarava a apoio a determinados candidatos políticos durante as eleições. Desse modo, essa organização criava uma imagem da potencialidade da cidadania negra em Campinas através da alfabetização e da participação política, elegendo candidatos que
pudessem garantir a inserção dos negros na sociedade. Esse aspecto político da atuação negra, em Campinas, resultou na organização da Frente Negra em 1931. No jornal Diário do Povo, de 13 de maio de 1984, um artigo sobre as comemorações da data ressalta o papel da Frente Negra em Campinas, que se reunia clandestinamente na sede da Sociedade Dançante Familiar União da Juventude. José Alberto Ferreira, advogado e escrivão aposentado, foi entrevista por ter feito parte da Frente Negra e da Liga Humanitária dos Homens de Cor..................................................
Outra denúncia foi feita em dezembro de 1907, descrevendo os “vagabundos” como pessoas que “incomodam e ofendem, porque tais indivíduos timbram em repudiar a moral”, cobrando um posicionamento dos policiais para evitar tais incômodos. Em 20 de dezembro de 1910, o jornal A Cidade de Campinas, relatou que todas as noites se reuniam nos botequins da rua Conceição, no trecho entre as ruas Francisco Glicério e Barão de Jaguará, “uma malta de pretos vagabundos” que se embriagavam, cometiam balbúrdias e cenas escandalosas, impedindo que senhoras passassem no trecho, além de promoverem provocação e pequenas desordens.
Ontem, à noite, dois pretos divertiam-se em frente a um dos botequins daquele trecho no jogo de ‘capoeiragem’ provocando o ajuntamento de desocupados e impedindo o trânsito. Dois policiais, avisados do ocorrido efetuaram a prisão dos capoeiras levando-os para o xilindró onde pernoitaram. Convém que o trecho referido seja policiado rigorosamente para se evitar cenas dessa natureza.
Há duas distinções feitas na imprensa para as pessoas que praticavam atos considerados imorais pela sociedade campineira – os “vagabundos” e os “pretos vagabundos”. Portanto, uma preocupação comum a todas as associações recreativas operárias que ofereciam bailes e festivais era determinar um horário que permitisse que “mulheres honradas” freqüentassem os eventos. Isso indica que o período noturno na cidade era compreendido pela sociedade, em geral, como uma ameaça, um momento que exigia constante fiscalização e atuação enérgica policial. Portanto, a criação de associações recreativas pelos trabalhadores driblava esse estereótipo e possibilitava
vincular uma imagem digna aos associados, pois praticavam o lazer em horários e locais considerados adequados. Outro aspecto comum as associações operárias recreativas era eliminar as associadas que tivessem comportamento moral duvidoso, reforçando a afirmação de que as associações dialogavam com as imagens e valores morais tidos como corretos pela sociedade.
http://libdigi.unicamp.br/document/?code=vtls000408685
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Associações operárias mutualistas e recreativas em Campinas (1906-1930)
Sociedade Beneficente Isabel, a Redentora, associação formada por ferroviários que pretendiam homenagear a figura monárquica considerada responsável pela libertação dos escravos. A diretoria apresentava tendências monarquistas, construindo relações próximas com o cônsul português, e objetivando enviar seus estatutos para a própria princesa Isabel, através do Dr Couto de Magalhães, diretor d’O Comércio de São Paulo.
Outro tipo de identidade construída entre os trabalhadores negros estava presente no funcionamento da Liga Humanitária dos Homens de Cor, na Sociedade Dançante Familiar União da Juventude, na Federação Paulista dos Homens de Cor, no Colégio São Benedito. Nessas organizações havia a “luta pelo engrandecimento da raça”, principalmente através da educação, da construção de uma imagem que valorizasse o negro, distanciando-o das bebidas alcoólicas, das situações consideradas imorais, da pobreza e miséria. A Federação Paulista dos Homens de Cor organizou diversas recepções ao deputado Monteiro Lopes, mobilizando as associações negras em Campinas. Além disso, declarava a apoio a determinados candidatos políticos durante as eleições. Desse modo, essa organização criava uma imagem da potencialidade da cidadania negra em Campinas através da alfabetização e da participação política, elegendo candidatos que
pudessem garantir a inserção dos negros na sociedade. Esse aspecto político da atuação negra, em Campinas, resultou na organização da Frente Negra em 1931. No jornal Diário do Povo, de 13 de maio de 1984, um artigo sobre as comemorações da data ressalta o papel da Frente Negra em Campinas, que se reunia clandestinamente na sede da Sociedade Dançante Familiar União da Juventude. José Alberto Ferreira, advogado e escrivão aposentado, foi entrevista por ter feito parte da Frente Negra e da Liga Humanitária dos Homens de Cor..................................................
Outra denúncia foi feita em dezembro de 1907, descrevendo os “vagabundos” como pessoas que “incomodam e ofendem, porque tais indivíduos timbram em repudiar a moral”, cobrando um posicionamento dos policiais para evitar tais incômodos. Em 20 de dezembro de 1910, o jornal A Cidade de Campinas, relatou que todas as noites se reuniam nos botequins da rua Conceição, no trecho entre as ruas Francisco Glicério e Barão de Jaguará, “uma malta de pretos vagabundos” que se embriagavam, cometiam balbúrdias e cenas escandalosas, impedindo que senhoras passassem no trecho, além de promoverem provocação e pequenas desordens.
Ontem, à noite, dois pretos divertiam-se em frente a um dos botequins daquele trecho no jogo de ‘capoeiragem’ provocando o ajuntamento de desocupados e impedindo o trânsito. Dois policiais, avisados do ocorrido efetuaram a prisão dos capoeiras levando-os para o xilindró onde pernoitaram. Convém que o trecho referido seja policiado rigorosamente para se evitar cenas dessa natureza.
Há duas distinções feitas na imprensa para as pessoas que praticavam atos considerados imorais pela sociedade campineira – os “vagabundos” e os “pretos vagabundos”. Portanto, uma preocupação comum a todas as associações recreativas operárias que ofereciam bailes e festivais era determinar um horário que permitisse que “mulheres honradas” freqüentassem os eventos. Isso indica que o período noturno na cidade era compreendido pela sociedade, em geral, como uma ameaça, um momento que exigia constante fiscalização e atuação enérgica policial. Portanto, a criação de associações recreativas pelos trabalhadores driblava esse estereótipo e possibilitava
vincular uma imagem digna aos associados, pois praticavam o lazer em horários e locais considerados adequados. Outro aspecto comum as associações operárias recreativas era eliminar as associadas que tivessem comportamento moral duvidoso, reforçando a afirmação de que as associações dialogavam com as imagens e valores morais tidos como corretos pela sociedade.
http://libdigi.unicamp.br/document/?code=vtls000408685
A Academia de São Paulo: tradições e reminiscéncias : ..estudantes, estudantões, estudantadas : edição comemorativa do sesquicentenário dos cursos jurídicos no Brasil, 1827-1977, Volumen 4.
ResponderEliminarAlmeida Nogueira, Carlos Penteado de Rezende - 1977 - Vista de fragmentos - Más ediciones
Desde a Academia, era o Duque apologista dos exercícios da capoeira. ... dizer que estava — na pontal Houve, mesmo, quem se lembrasse, tempos depois, de fundar em São Paulo uma escola de capoeiragem. E era um capitalista importante, então na sua completa integridade mental — o general Couto de Magalhães