domingo, 24 de enero de 2010

Sería el abuelo de Alfredo el primer capoeira? (Joao Moreira)

Nota de pesquisador: Alfredo Moreira jefe de capoeiras era nieto del portugués Capitán Joao Moreira de Carvalho,padre del Barón de Penedo.
O povo do Rio de Janeiro:bestializados ou bilontras?*
José Murilo de Carvalho
Capoeiras e capangas eram tradicionalmente usados também por políticos e poderosos em geral como instrumentos de justiça privada. Muitos capoeiras integraram a Guarda Negra que dispersava comícios republicanos. A própria polícia fazia uso deles como agentes provocadores ou informantes. O conúbio ia além da política. Diferentemente do que se pensa, por exemplo, havia entre os capoeiras muitos brancos e até mesmo estrangeiros. Em abril de 1890, ainda em plena campanha de Sampaio Ferraz contra os capoeiras, foram presas 28 pessoas sob a acusação de capoeiragem. Destas, apenas cinco eram pretas. Havia dez brancos, dos quais sete estrangeiros, inclusive um chileno e um francês. Era comum aparecerem portugueses e italianos entre os presos por capoeiragem. E não só brancos pobres e estrangeiros se envolviam na capoeiragem. A fina flor da elite da época também o fazia. Neste mesmo mês de abril de 1890, foi preso como capoeira José Elísio dos Reis, filho do Conde de Matosinhos, uma das mais importantes personalidades da colônia portuguesa, irmão do Visconde de Matosinhos, proprietário do jornal O Paiz. Como é sabido, a prisão quase gerou uma crise ministerial, pois o redator do jornal era
Quintino Bocaiúva, ministro e um dos principais propagandistas da República. Outro caso
famoso era o de Alfredo Moreira, filho do Barão de Penedo, embaixador quase vitalício do Brasil em Londres, onde gozava do convívio com os Rothschild. Segundo o embaixador francês no Rio, Alfredo era “um dos chefes ocultos dos capoeiras e cabeça conhecido de todos os tumultos”. O representante inglês informava em 1886 que José Elísio e Alfredo Moreira eram vistos diariamente na rua do Ouvidor, a Carnaby Street do Rio, em conversas com a jeunesse dorée da cidade”.
http://www.forumrio.uerj.br/documentos/revista_8/008_101.pdf

No hay comentarios:

Publicar un comentario