jueves, 31 de diciembre de 2009

A REVOLTA DO VINTÉM E A CRISE NA MONARQUIA

A REVOLTA DO VINTÉM E A CRISE NA MONARQUIA
Em 28 de dezembro ocorreu a primeira manifestação pública coletiva contra o imposto do vintém. Não houve violência. Às cinco horas da tarde, cerca de cinco mil pessoas se reuniram no Campo de São Cristóvão para ouvir o Doutor Lopes Trovão. Da janela de um sobrado o principal porta-voz da indignação popular fez um breve discurso para a multidão, explicou ao povo
que seria lícito levar uma petição ao imperador solicitando ao “primeiro magistrado da nação” a revogação do imposto. Ao término do discurso, por volta das seis horas da tarde, o orador convidou a população aglomerada a se dirigir imediatamente para o Paço da Boa Vista, onde se encontrava Sua Majestade. Os manifestantes responderam com vivas e palmas interrompidas
apenas pela leitura da petição que foi, também, calorosamente aplaudida. A multidão começou a se deslocar pela rua São Luiz Gonzaga quando Lopes Trovão foi “intimado” a interromper o percurso pelo 2o delegado de polícia da corte, à frente de uma linha de cavalaria e mais de cem agentes armados de longos e grossos cassetetes conhecidos como “bengalas de Petrópolis”. Lopes
Trovão ensaiou um breve discurso e respondeu conclamando os manifestantes a não ceder às intimidações, justificando se tratar de uma mobilização pacífica. A multidão continuou a caminhada ignorando as provocações da “polícia secreta” que “ensaiava passos de capoeiragem” e ameaçava com armas os integrantes do protesto. Depois de atravessar o Campo de São Cristóvão, entrar pela rua da Feira, rua de São Cristóvão e rua do Imperador, a multidão, que caminhava para a Cancela em direção ao Palácio da Boa Vista, encontrou o “portão da coroa” guardado por um pelotão de cavalaria que a impediu de levar a petição às mãos do monarca. Momentos depois, quando as pessoas começavam a dispersar, chegava um mensageiro da coroa dizendo que D. Pedro II aceitaria receber tão-somente uma comissão formada pelos “representantes do povo”. Porém era tarde. Os súditos e cidadãos em retirada resolveram ignorar a atenção tardia do imperador e a comissão – formada por Lopes Trovão, Ferro Cardoso, José do Patrocínio e Joaquim Piero da Costa –, se recusou a voltar atrás.5
5 Gazeta de Notícias, 29 dez. 1879. p.1. e O Conservador, 31 dez. 1879. p.2.

http://www.ifch.unicamp.br/ojs/index.php/historiasocial/article/view/53/52
NOTA DEL PESQUISADOR: A Revolta do Vintém foi um protesto ocorrido entre 28 de dezembro de 1879 e 1º de janeiro de 1880, nas ruas do Rio de Janeiro, capital do império brasileiro, contra a cobrança de vinte réis, ou seja, um vintém, nas passagens dos bondes, instituída pelo ministro da fazenda, Afonso Celso de Assis Figueiredo, futuro Visconde de Ouro Preto. Aos gritos de "Fora o vintém" a população espancou os condutores, esfaqueou os burros, virou os bondes e arrancou os trilhos ao longo da Rua Uruguaiana.
A estatística de feridos e mortos não é precisa, estima-se entre 15 e 20 feridos e entre 3 e 10 mortos. Desgastado, o ministério caiu, tendo o novo ministério revogado o
tributo.
Obtido em "

http://pt.wikipedia.org/wiki/Revolta_do_Vint%C3%A9m_(Rio_de_Janeiro)"

1952-E.E.F.EXERCITO-Entrenamiento de ataque y defensa (CAPOEIRAGEM)

El MÉTODO ECLÉTICO DE ATAQUE E DEFESA editado por A. L. De Faría en 1937 aún estaba vigente en la E.E.F.E en el ano 1952.

miércoles, 30 de diciembre de 2009

NOSSA CAPOEIRAGEM 1937


fuente: DEFESA PESSOAL
Sgt. Ajd. Alberto Latorre de Faria, monitor da E. E. F. E.. Iniciamos, neste número, uma série de publicações sobre—Defesa Pessoal —arle cuja difusão

1933- BRASIL-Idea de crear una LUCHA NACIONAL organizada




FUENTE: VALE-TUDO -
Vista rápidaVALE-TUDO. General Réf. HORÁCIO DOS SANTOS. Quando instrutor de Ataque e Defesa na E. E. F.. E., lembrei-me de criar uma luta de caráter nacional ...

1937-RIO-Publicación del Método ECLÉTICO de Deffessa Pessoal.(Colabora A.L.Faría),


martes, 29 de diciembre de 2009

A historia do feiticeiro Juca Rosa : cultura e relações sociais no Rio de Janeiro imperial



fuente: A historia do feiticeiro Juca Rosa : cultura e relações sociais no Rio de Janeiro imperial







FOTO : Agenor Moreira Sampaio, mais conhecido como Sinhozinho, ao centro, e alunos. Ano: 1940 (Paulo Azeredo é o último à esquerda). Sinhozinho, que sempre enfatizou o treinamento de força, foi um grande treinador e formador de campeões na capoeira e em outros esportes no Rio de Janeiro, na primeira metade do século XX. A capoeira de Sinhozinho, também conhecida como Capoeira Utilitária, era uma capoeira voltada para a eficácia como luta, inspirada na violenta capoeira carioca e não era acompanhada por instrumentos musicais.

PINHEIRO, Alisson Bernardo, UERJ/FFP, (aluno de mestrado). Da capoeiragem à academia:
a formação da capoeira moderna no Rio de Janeiro.
Com a Proclamação da República a capoeiragem das maltas vai sofrer um duro golpe liderado pelo chefe de polícia Sampaio Ferraz o “Cavanhaque de Aço”. Durante a primeira metade do século XX a capoeira, no Rio de Janeiro, vai sobreviver de forma mais esparsa. Ela já não se apresenta sob a forma institucional das maltas, que mobilizavam um grande número de grupos, seus principais agentes agora são considerados também “malandros” e atuam de forma mais isolada. De forma paralela houve um esforço de intelectuais, memorialistas, cronistas, folcloristas, de fazer da capoeira representante da brasilidade. Em certa medida amparada pelas penas dos homens das letras outros agentes procuravam passar a capoeira pelo crivo da esportização. Expoente máximo desta prática da capoeira sob os paradigmas do mundo dos esportes internacionais, Sinhozinho (Angenor Moreira Sampaio) ensinava a velha arte da capoeiragem já na década de 1920, em sua academia no bairro de Ipanema (mudando de endereço muitas vezes), junto com outras atividades físicas e esportivas, como levantamento de peso e judô. Era uma espécie de centro esportivo, improvisado em terreno baldio, onde Sinhozinho inventava aparelhos, técnicas, métodos de treino. É importante ressaltar que na Bahia, mestre Bimba, também levaria a cabo um projeto de esportização da capoeira que vai culminar no que ele batizou de “Capoeira Regional”. Há um debate muito interessante sobre a proeminência dos dois personagens na iniciativa de fazer da capoeira um esporte, a “Ginastica Nacional”. Estudiosos como Lopes apontam o papel de destaque que tiveram os manuais de capoeiragem que foram publicados no primeiro qüinqüênio do século XX. Ressaltando o livro de Zuma Bularmaqui, “Gymnastica Nacional, a Capoeiragem”, publicado no Rio de Janeiro em 1928 divulgava a capoeira “utilitária”, “estilo Sinhozinho”, que segundo Lopes e as fontes jornalísticas que nos dispõe teria servido de “fonte inspiradora para a criação da Gymnastica Regional Baiana” de mestre Bimba. Estes manuais teriam sido pioneiros ao propor uma estruturação esportiva para a capoeira, método de ensino com a descrição de cada golpe, cada movimento.
Na chamada “era Vargas” vai se desdobrar um impulso modernizante do Brasil em seus aspectos políticos, econômicos e sociais. Getúlio Vargas e seu governo vão ser determinantes para compreendermos parte do “esquecimento” da tradição carioca na sua re-invenção moderna.
O período Vargas vai se caracterizado pelas ideologias de Estado (trabalhismo e nacionalismo)
onde a população passaria por uma tentativa de modelação. Desde a “morte” da antiga capoeiragem das maltas a capoeira carioca se mantinha nas figuras dos bambas, dos valentões.
Com o Estado Novo a capoeira carioca sofre o golpe derradeiro quando o governo Vargas esportiza a capoeira (1937) e indiretamente eleva a vertente baiana como a “mais pura”.
“A escola de capoeira de mestre Bimba é a primeira do país a ser legalizada e há um incentivo às exibições públicas de capoeiristas baianos, sendo a capoeira incorporada à industria do turismo na Bahia”16 Em contra partida no Rio de Janeiro, o Estado Novo identifica no capoeirista carioca a figura do malandro, avesso ao trabalho. Assim podemos também fazer um paralelo do que para
o Estado Novo seriam as manifestações populares aceitáveis ou não pelo regime: o samba “do
trabalhador” e a capoeira esporte dos baianos, contra o samba e a capoeira (carioca) que enalteciam a figura do malandro. Segundo Reis a “política de valorização moral do trabalho”,
incidiu “diretamente sobre a cultura negra do Rio de Janeiro”. É dentro da “ótica marcadamente
militarista, disciplinadora e eugenizadora que a capoeira se esportizara” sob os auspícios do Estado Novo.


:

miércoles, 23 de diciembre de 2009

Centro de Cultura Physica “Olavo Bilac”
Rua Goyas – 64__________________________________
Director – A. PEREIRA DA SILVA
– prof. gym. eeduc. physica do Gymmnasio Mineiro.
Thesoureiro – WILSON PEREIRA1o
Secretário – ALFEU FELICISSIMO2o
Secretário – ALEXANOR PERREIRA________________
MENSALIDADE – 5$000591..............Na descrição feita do que seria oferecido pelo Centro, pode-se ver que a insttalação do Centro era completa contando os seguintes apparelhos: parallelas, barras, argollas, trapesio, escadas de corda e madeira, cordas lisas e de nós, massas, alteres, sandows, remos, apparelhos de tiro ao alvo,esgrima, box, puxing. Brevemente teremos o foot-ball, a natação, o remo, sendo o Parque Municipal o campo de acção destes ramos sportivos. Dentre os exercicios de atlhetismo mencionaremos: o jiu jitsu, a capoeira,lucta romana, o box e o jogo de pan.592592 CENTRO de ..., 1916, p. 7.http://www.bibliotecadigital.ufmg.br/dspace/bitstream/1843/VCSA-6XTGT2/1/tese_marilita_vers_o_final.pdf

A rasteira! Este sim é o esporte nacional por excelência!

BRASIL - Graciliano Ramos, em 1921: “Pensa-se em introduzir o futebol, nesta terra. É uma lembrança que, certamente, será bem recebida pelo público, que, de ordinário, adora as novidades. Vai ser, por algum tempo, a mania, a maluqueira, a ideia fixa de muita gente. (...) A cultura física é coisa que está entre nós inteiramente descurada. Temos esportes, alguns propriamente nossos, (...) de cunho regional, mas por desgraça estão abandonados pela débil mocidade de hoje. (...) Somos, em geral, franzinos, mirrados, fraquinhos, de uma pobreza de músculos lastimável. (...) Fisicamente falando, somos uma verdadeira miséria. Moles, bambos, murchos, tristes – uma lástima! Pálpebras caídas, beiços caídos, braços caídos, um caimento generalizado que faz de nós o ser desengonçado, bisonho, indolente, com ar de quem repete, desenxabido e encolhido, a frase pulha que se tornou popular: «Me deixa...». (...) Não seria, porventura, melhor exercitar-se a mocidade eColor del textom jogos nacionais, sem mescla de estrangeirismo, o murro, o cacête,Color del texto a faca de ponta, por exemplo? (...) Ora, parece-me que o futebol não se adapta a estas boas paragens do cangaço. É roupa de empréstimo, que não nos serve. (...) Reabilitem
os esportes regionais
, que aí estão abandonados: o porrete, o cachação, a queda de braço, a corrida a pé, tão útil a um cidadão que se dedica ao arriscado ofício de furtar galinhas, a pega de bois, o salto, a cavalhada, e, melhor quetudo ,o camba-pé, a rasteira.
A rasteira!
Este, sim, é o esporte nacional por excelência!
melhor quetudo, o
(...) Cultivem a rasteira, amigos!
(...) Dediquem-se à rasteira, rapazes!”
in O Índio, “Palmeira dos Índios”,
10 de Abril de 1921

http://www.fl.ul.pt/aclus/Boletins/Bol_4_Jul_02.pdf

sábado, 19 de diciembre de 2009

Capoeiragem ,Joao do Rio e Coelho Neto, eximio capoeirista




História e linguagens: texto, imagem, oralidade e representações‎ - Página 207Antônio Herculano Lopes, Mônica Pimenta Velloso, Sandra Jatahy Pesavento - 2006 - 348 páginas
Na sua juventude, Coelho Neto fizera parte desse grupo que, reunido sob a ... Entrevistado por João do Rio, em 1905, na famosa enquete de Momento literário, ...


ARTÍCULO:


MINISTÉRIO DA CULTURA


Fundação Biblioteca Nacional


Departamento Nacional do Livro


A ALMA ENCANTADORA DAS RUAS


João do Rio


Nota: Em 1908, iluminada pelas primeiras luzes da modernidade, o Rio de Janeiro já se revelava, aos olhos mais sensíveis, como uma cidade multifacetada, fascinante, efervescente na democracia da ruas. Nesse ano, um cronista lança o livro "A alma encantadora das ruas", em que observa, deslumbrado, as novas relações sociais que se desenham no coração daquela seria mais tarde chamada a Cidade Maravilhosa. Seu nome: João do Rio................— Sim senhor. Capoeiragem é uma arte, cada movimento tem um nome. É mesmo comosorte de jogo. Eu agacho, prendo V. Sa pelas pernas e viro — V. Sa virou balão e eu entrei debaixo. Se eu cair virei boi. Se eu lançar uma tesoura eu sou um porco, porque tesoura não seusa mais. Mas posso arrastar-lhe uma tarrafa mestra.— Tarrafa?— É uma rasteira com força. Ou esperar o degas de galho, assim duro, com os braçospara o ar e se for rapaz da luta, passar-lhe o tronco na queda, ou, se for arara, arrumar-lhemesmo o bauú, pontapé na pança. Ah! V. Sa não imagina que porção de nomes tem o jogo. Sórasteira, quando é deitada, chama -se banda, quando com força tarrafa, quando no ar parabater na cara do cabra meia -lua.— Mas é um jogo bonito! fiz para contentá-lo.— Vai até o auô, salto mortal, que se inventou na Bahia.Para aquela lição tão intempestiva, já se havia formado um grupo de temperamentosbélicos. Um rapazola falou.— E a encruzilhada?— É verdade, não disseste nada de encruzilhada?E a discussão cresceu. Parecia que iam brigar.


Savate y Capoeira, Coelho Neto

Fuente recorte libro:

EXIMIO CAPOEIRA: Henrique Maximiano Coelho Neto (Caxias, 21 de fevereiro de 1864Rio de Janeiro, 28 de novembro de 1934) foi um escritor, político e professor brasileiro.
Biografia
Nascido em épocas antes na vila de Caxias interior do Maranhão. Foram seus pais Antônio da Fonseca Coelho, português, e Ana Silvestre Coelho, de sangue índio. Tinha seis anos quando seus pais se transferiram para o Rio de Janeiro. Fez os seus preparatórios no Externato do Colégio Pedro II. Tentou o curso de Medicina, logo desistindo. Em 1883 matriculou-se na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, morando na pensão em que vivia Raul Pompeia, que também frequentava a Academia de São Paulo à época. Seu espírito irrequieto encontrou ali ótimo ambiente para destemidas expansões, e logo ele se viu envolvido num movimento dos estudantes contra um professor. Antevendo represálias, transferiu-se para a faculdade de Recife, onde completou o primeiro ano de Direito, tendo sido aluno do jurista e poeta Tobias Barreto. Regressando a São Paulo, dedicou-se ardentemente à campanha abolicionista e republicana, atitude que rendeu-lhe novos atritos com o corpo docente da Faculdade do Largo de São Francisco. Em 1885 desistiu, por fim, de suas pretensões jurídicas, e transferiu-se para o Rio de Janeiro.
OS EXERCICIOS GYMNASTICOS NOIMPERIAL COLLEGIO DE PEDRO SEGUNDO
(1841-1870)Dr. CARLOS FERNANDO FERREIRA DA CUNHA JUNIORProfessor Adjunto da Faefid/UFJFE-mail: carlosjr22@hotmail.com...............................Ao que tudo indica, Pedro Meyer, para além da esgrima, desenvolveu um trabalho mais abrangente no CPII. Nesse sentido, é esclarecedor o relatório apresentado pelo inspetor geral da Instrução Pública do Município da Corte em 1859: Durante o anno passado começou a funccionar com a possivel regularidade o gymnasio do internato. Com pequena despeza se acha provido de um portico regular com varios apparelhos supplementares que permittem a maior parte dos exercicios da gymnastica pratica de Napoleon Laisné, ensinados pelo alferes Pedro Guilherme Meyer17. De acordo com o inspetor, Pedro Meyer teria ministrado lições de exercicios gymnasticos inspiradas na ginástica do francês Napoleon Laisné, discípulo do coronel Francisco Amoros y Ondeano, a principal figura da ginástica francesa, falecido em 1848. Laisné tornou-se um dos principais continuadores da obra de Amoros, desenvolvendo seu trabalho na Escola de Joinville-le-Point, local para o qual foitransferido em 1852, o principal ginásio antes dirigido pelo Coronel Amoros (Baquet, 199-). Segundo Carmen Lúcia Soares (1998), no método organizado por Amoros destacavam-se os exercícios da marcha, as corridas, os saltos, os flexionamentos de braços e pernas, os exercícios de equilíbrio, de força e de destreza, bem como a natação, a equitação, a esgrima, as lutas, os jogos e os exercícios em aparelhos, tais como as barras fixas e móveis, as paralelas, as escadas, as cordas, os espaldares, o cavalo e o trapézio. No CPII, atividades desse tipo foram implementadas por Pedro Meyer, mestre que introduziu na instituição os exercicios gymnasticos em aparelhos.
http://eu-bras.blogspot.com/2009/09/as-lutas-colegio-de-pedro-ii.html

sábado, 12 de diciembre de 2009

A Sociedade Dançante Familiar União da Juventude foi criada em 1901, sendo uma associação recreativa freqüentada por negros.

fuente:
Discriminaçoes raciais: Negros em Campinas(1888-1926) ,alguns aspectos. Dissertaçao de Mestrado, Cleber da Silava Maciel. UNICAMP.Dep.Hist.
Otra cita:
Nota del pesquisador:
¿QUIEN TERMINÓ CON LA CAPOEIRA EN LAS COCIEDADES DANZANTES DE NEGROS (siglo xx)?"

O GETULINO E O PROJETO EDUCATIVO-DISCURSIVO DE INTEGRAÇÃO E ASCENSÃO DO NEGRO NA SOCIEDADE BRANCA
José Geraldo Marques
Na realidade, a dimensão educativo-integracionista é dominante na IN paulista até o fi m dos anos 20, e não é, portanto, apenas uma particularidade do Getulino, segundo os estudiosos consultados. A questão da educação do negro era para a imprensa negra condição necessária para sua integração e ascensão social em uma sociedade branca que o via com preconceito e o repelia. Moura (1988, p. 205) coloca essa questão nos seguintes termos:
A preocupação com a educação é uma constante. O negro deve educar-se para “subir na vida”, conseguir
demonstrar que ele também pode chegar aos mesmos níveis do branco através do aprimoramento educacional. Para isso, deve deixar os vícios como o alcoolismo, a boemia, deve abster-se de praticar arruaças em bailes, deve ser um modelo de cidadão. Em quase todas as publicações é visível uma preocupação com uma ética puritana capaz de retirar o negro de sua situação de marginalização. Daí haver, em muitos deles, a condenação dos excessos em festas de negros que eram tidas pelos brancos como centros de corrupção e de desordens. Os jornais servem, portanto, para indicar, através de regrasmorais, o comportamento que deveriam seguir os membros da comunidade negra.
Pichadores e grafiteiros : manifestações artisticas e politicas de preservação do patrimonio historico e cultural da cidade de Campinas-SPTítulo Ana Celia Garcia de Sales
Segundo Maciel (1987, p. 78) as evidências maiores de resistência e luta foram as entidades assistenciais:
Sociedade Dançante Familiar União da Juventude (1901)- congregava atividades culturais e de lazer como jogos, danças, esportes e reuniões sociais e políticas; Federação Paulista dos Homens de Cor (1902)- atuação significativa principalmente em relação à organização política e social, destaque na comemoração do dia 13 de Maio; Liga Humanitária dos Homens de Cor (1915)-nasceu da união de 36 trabalhadores dos quais 24 eram negros. http://libdigi.unicamp.br/document/?code=vtls000439443

viernes, 11 de diciembre de 2009

CAPOEIRA: DE FOLCLORICA PARA UM LINDO ESPORTE NACIONAL

Naçao Mestiça: Discursos e praticas oficiais sobre os afro- brasileiros
Jocelio Teles dos Santos
CAPOEIRA: DE FOLCLORICA PARA UM LINDO ESPORTE NACIONAL Considerada oficialmente como folclore, a capoeira passou a ser regulamentada pelo Conselho Nacional de Desportos (CND), ligado ao Ministerio da Educafao e Cultura, como esporte nacional em maio de 1973. A partir desse periodo, desencadeia-se, a nivel oficial, seminarios como o realizado no Centro de Convencoes do Instituto Brasileiro de Administracao Municipal (IBAM) do Rio de Janeiro com a finalidade "basica de definir a composigao e a estrategia de acao para um Grupo Tarefa que devera estudar e operacionalizar a institucionalizagao definitiva da arte marcial brasileira", e o Seminario do Piano de Agio Integrada para o Jogo da Capoeira como o objetivo de reformular-se o seu regulamento.18 Esse fato resultou numa burocratizacao, pois o capoeirista para participar dos campeonatos, torneios e confrontos oficiais ou nao, necessariamente deveria estar vinculado a um clube ou associagao filiada a uma das federaçoes vinculadas a Confederagco Brasileira de Pugilismo (CBP) e estar inscrito no Registro Geral dos Capoeiristas do Brasil, pois a capoeira era considerada uma luta "eminentemente brasileira" integrante de uma modalidade desportiva do ramo pugilistico, e seu ensino ou aprendizado seria observado dentro das regras estabelecidas pela CBP. De acordo como o Departamento Especial da CBP, a capoeira era um "desporto de carater amadorista em todo o territorio nacional e uma luta que consiste num sistema de ataque e defesa, de origem folclorica, genuinamente brasileira". A leitura oficial do novo esporte nacional implicava er descrever caracteristicas, movimentos, enfim o modo como deveria ser praticado:

sao caracteristicas especiais da capoeira o movimento ritmado, cujo objetivo e de possibilitar que os praticantes se enfrentem ser que a forca bruta, o peso e as distancias deem vantagem a qualquer dos contedores e que tambem um so praticante possa enfrentar mais de um
adversario. A movimentacao constante, procurando manter-se a distancia, para nao ser atingido ou golpeado, agilidade, dominio do proprio corpo, riqueza de reflexos e grande senso de equilibrio, sao, tambem, outras caracteristicas da capoeira. A capoeira praticada como desporto de competiçao, consiste num confronto de destreza entre dois oponentes, atraves do desenvolvimento de situacoes e golpes aplicados com os pes, inclusive os auxiliados pelas maos, cabeca e pernas, observadas as limitacoes deportivas que proibem seja posta em perigo a integridade fisica dos combatentes.'
19


18 Jornal da Bahia, 02 e 03/06/1974.
19 A Tarde, 21/10/1974, Capoeiristas nao sabem que ja tem regulamento definido.
http://www.jstor.org/pss/3513987

jueves, 10 de diciembre de 2009

Contra os Capoeiras

Fuente:Revista Ilustrada




Capoeiras en la Guerra de Paraguay

FUENTE: Revista Ilustrada :25 maio 1878 n113 (recorte)

miércoles, 25 de noviembre de 2009


Mestre Pastinha et sa délégation sont invités à Dakar au Sénégal pour le Festival des Arts Nègres en 1966. comme participants sont présents João Grande, Roberto Santana, Gildo Alfinete, Camafeu de Oxossi qui enregistre en 1966 "Berimbaus de Bahia" dans les studios bahianais de Radio Sociedade.

martes, 17 de noviembre de 2009

CAPOEIRA, TRABALHO E EDUCAÇÃO

CAPOEIRA, TRABALHO E EDUCAÇÃO
Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Educação da Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia, como
requisito parcial à obtenção do grau de MESTRE EMEDUCAÇÃO.
Orientador: Prof. Dr. Pedro Rodolpho Jungers Abib.Co-orientadora: Profª Dr. Celi Nelza Zülke Taffarel.Salvador2007

Vinte anos depois do seu reconhecimento como esporte, pelo CND a capoeira desvincula-se oficialmente da CBP e, em 23 de outubro de 1992, funda-se a Confederação Brasileira de Capoeira (CBC). Essa entidade de administração desportiva25 tem o reconhecimento do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e está filiada à Federação Internacional de Capoeira (Fica). Esse passo favorecerá um maior desenvolvimento da capoeira através do modelo de esporte de alto rendimento, cujo contexto é o discurso da padronização, da normatização e da unificação. Esse amoldamento da capoeira a essa lógica “pode ser considerado uma forma de controle social, pela adaptação do praticante aos valores e normas dominantes defendidos para a ‘funcionalidade’ e desenvolvimento da sociedade” (COLETIVO DE AUTORES, 1992, p. 71). De início, a CBC apoiará o sistema CONFEF/CREF de forma incondicional, inclusive o presidente à época fará parte da diretoria do CREF 4, responsável pela cidade de São Paulo, o qual solicitará veementemente a inscrição dos seus próprios filiados aos conselhos profissionais de Educação Física dessa região. O envolvimento e as causas dessa parceria entre a CBC e o conselho de Educação Física são questionados:
Essa aproximação, de acordo com o presidente da CBC, tinha a finalidade de “lutar pela causa da Capoeira enquanto conselheiro de Educação Física”. No entanto, nos questionamos quanto ao tipo de luta que a CBC poderia desenvolver no interior do CREF/SP, uma vez que as cartas já haviam sido dadas devido ao próprio caráter da Lei de Regulamentação (SILVA, 2002, p. 177).
Pouco tempo depois, a Confederação retira o seu apoio ao órgão regulamentador, faz questão de divulgar sua desvinculação em vários meios de comunicação e passará a trabalhar em defesa própria.
No entanto, em março de 2001, ocorreu um fato importante, qual seja, o pedido de exoneração do presidente da CBC de suas funções no CREF-SP. Ele alegava que por “motivos éticos” não teria condições de continuar lutando pela causa de nossa “Arte Maior” e colocava à disposição de todos os capoeiristas (filiados ou não) a Confederação Brasileira de Capoeira,
para a tentativa de resolução de problemas referentes ao sistema CONFEF/CREF. Além disso, alertava para os perigos desta lei que, de acordo com ele, é a “pior de todas as anteriores juntas, podendo comprometer seriamente sua sobrevivência cultural”. Conclamava a necessidade dos capoeiristas estarem unidos e fortes para fazerem com que a Capoeira não fosse prejudicada mais uma vez na história, rogava para que estes não fizessem nenhum convênio com a entidade e ainda alertava que a real intenção do CONFEF era identificar, através dos endereços, as academias de Capoeira para uma possível ação repressora
(SILVA, 2002, p. 179)

Seguindo quase a mesma lógica do sistema CONFEF/CREF, a CBC tentará controlar ainda mais a capoeira, utilizando-se dos mesmos discursos do conselho: a necessidade da regulamentação da profissão. Recentemente, a capoeira, na visão do Ministério do Esporte (ME), é compreendida
como uma manifestação esportiva de criação nacional. Na realidade, trata-se de um projeto que visa a “garantir o desenvolvimento de atividades esportivas que caracterizam a nossa cultura, incentivando o resgate das tradições e promovendo a auto-estima do povo brasileiro” (MINISTÉRIO DOS ESPORTES, 2007).
Exemplos destas atividades esportivas são vários: esportes praianos, arquearia, canoagem, caça, pesca, lutas rituais indígenas, corridas em meio rústico, vaquejadas, corrida-de-argolinhas, derrubada de bezerro no laço, montaria de burro bravo, cavalgadas, saltos e trotes com eqüinos, muares, asininos, bovinos, regatas à vela de saveiros e jangadas, peteca, bocha e a capoeira (grifo nosso), entre outros (MINISTÉRIO DOS ESPORTES, 2007).
http://www.grupomel.ufba.br/textos/download/monografias/capoeira_trabalho_e_educacao.pdf

domingo, 15 de noviembre de 2009


UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO
NEUBER LEITE COSTA
Capoeira,Trabalho e Educaçao

.....................Ângelo Augusto Decânio (Mestre Decânio-Foto), outro importante aluno de mestre Bimba, na pesquisa de Costa (2001), também relatou que ele falava que a capoeira por si ó já era aquecimento e desaquecimento. A Regional sofreu inferências de seus praticantes, os quais, por sua vez, sofriam influências da sociedade daquela época. Os métodos de ginástica se enquadram nessa lógica de pensamento, atingindo em conteúdo e forma o trato com esse
conhecimento.
Nunca, ele nunca me ensinou ginástica [...] naquele tempo havia predominância da escola Francesa, que foi introduzida pelo Exército. Então qualquer atividade física era começada por aquecimento; a fase dos exercícios propriamente ditos e tinha a fase de desaquecimento ou de
retorno ao repouso [...] No começo Bimba fazia umas flexões inocentes: levantar a perna, agachar e tal e coisa [...] fazia um aquecimento sumário. A capoeira não depende de aquecimento nem ginástica nenhuma (DECÂNIO, apud COSTA, 2001, p. 33).

Decânio, apud Costa (2001), afirma que ele, juntamente com Cisnando e o Mestre Bimba, conversaram – "sempre a palavra final era do Mestre" – e resolveram que a capoeira não necessitava desses exercícios. Sendo assim, Bimba retoma as aulas de capoeira, em nossa opinião como devem acontecer, através da própria Capoeira. Contudo, posteriormente, podemos perceber que outros mestres da mesma época de Bimba, já no final da década de 60, utilizavam métodos ginásticos para ministrarem aulas de capoeira e descobrimos também que as aulas de Bimba, mais uma vez, foram envolvidas indiretamente por esses métodos.
Possivelmente eu, sem querer, introduzi essa questão da ginástica dentro da capoeira, porque na época eu já era atleta e gostava dessa parte de ginástica e depois em 1969 já comecei dar aula de ginástica e muitos colegas principalmente na aula de 2h e 3h pediam para que eu puxasse a aula. Então, puxar é fazer um aquecimento ali, antes da seqüência e até em
alguns momentos exercícios abdominais, ali. E então Mestre Bimba também nunca questionou essa situação e eu fazia aquelas corridas, levantamento, deita, levanta, corre muda de direção, entendeu? E algumas brincadeiras assim. E eram muito bem aceitas, mas, não com essa intenção também de criar essa expectativa, era uma coisa de forma bem natural, bem
espontânea de solicitação dos amigos ali, etc. Mas, que possivelmente isso acabou criando uma cultura hoje que é muito comum as pessoas fazer o aquecimento até mesmo por conta dos professores de Educação Física quando estão ministrando capoeira sabem da importância do aquecimento (CAMPOS apud COSTA, 2001, p. 32).
Realmente, a Capoeira Regional foi influenciada pela sociedade da época, através dos métodos de ginástica, e mestre Bimba, mesmo não concordando, acabou de um modo ou de outro, permitindo essa interferência, embora esse procedimento retarde a aula propriamente de capoeira.
Todavia já era tarde demais para uma possível retomada dos seus alunos e de outros capoeiristas que ajudaram a divulgar esse tipo de ensinamento da capoeira com exercícios ginásticos. Esse fenômeno extrapola os limiares da capoeira Regional e sua metodologia de ensino. Essas transformações se complicam ainda mais com alguns acontecimentos, como a inclusão, em 1961, da capoeira no currículo de ensino da Polícia Militar do Estado da Guanabara; a institucionalização da Confederação Brasileira de Pugilismo (CBp), em 1992; a oficialização da capoeira como esporte a 26 de dezembro de 1972, por intermédio do Departamento Especial de Capoeira, com regulamentos e normas para sua prática desportiva; a criação da primeira Federação Esportiva de Capoeira, em São Paulo e sua inserção, como já citamos, nas universidades como disciplina dos cursos de Educação Física.
http://www.grupomel.ufba.br/textos/download/monografias/capoeira_trabalho_e_educacao.pdf

lunes, 2 de noviembre de 2009

CAPOEIRA: DE FOLCLORICA PARA UM LINDO ESPORTE NACIONAL


Nação Mestiça: Discursos e práticas oficiais sobre os afro-brasileiros Author(s): Jocélio Teles dos Santos Source: Luso-Brazilian Review, Vol. 36, No. 1 (Summer, 1999), pp. 19-31 Published by: University of Wisconsin Press Stable
URL: http://www.jstor.org/stable/3513987

CAPOEIRA: DE FOLCLORICA PARA UM LINDO ESPORTE NACIONAL
Considerada oficialmente como folclore, a capoeira passou a ser regulamentada pelo Conselho Nacional de Desportos (CND), ligado ao Ministerio da Educafao e Cultura, como esporte nacional em maio de 1973. A partir desse periodo, desencadeia-se, a nivel oficial, seminarios como o realizado no Centro de Convencoes do Instituto Brasileiro de Administracao Municipal (IBAM) do Rio de Janeiro com a finalidade "basica de definir a composigao e a estrategia de acao para um Grupo Tarefa que devera estudar e operacionalizar a institucionalizagao definitiva da arte marcial brasileira", e o Seminario do Piano de Agio Integrada para o Jogo da Capoeira como o objetivo de reformular-se o seu regulamento.18 Esse fato resultou numa burocratizacao, pois o capoeirista para participar dos campeonatos, torneios e confrontos oficiais ou nao, necessariamente deveria estar vinculado a um clube ou associagao filiada a uma das federaçoes vinculadas a Confederagco Brasileira de Pugilismo (CBP) e estar inscrito no Registro Geral dos Capoeiristas do Brasil, pois a capoeira era considerada uma luta "eminentemente brasileira" integrante de uma modalidade desportiva do ramo pugilistico, e seu ensino ou aprendizado seria observado dentro das regras estabelecidas pela CBP. De acordo como o Departamento Especial da CBP, a capoeira era um "desporto de carater amadorista em todo o territ6rio nacional e uma luta que consiste num sistema de ataque e defesa, de origem folclorica, genuinamente brasileira". A leitura oficial do novo esporte nacional implicava er descrever caracteristicas, movimentos, enfim o modo como deveria ser praticado:

sao caracteristicas especiais da capoeira o movimento ritmado, cujo objetivo e de possibilitar que os praticantes se enfrentem ser que a forca bruta, o peso e as distancias deem vantagem a qualquer dos contedores e que tambem um so praticante possa enfrentar mais de um adversario. A movimentacao constante, procurando manter-se a distancia, para nao ser atingido ou golpeado, agilidade, dominio do proprio corpo, riqueza de reflexos e grande senso de equilibrio, sao, tambem, outras caracteristicas da capoeira. A capoeira praticada como desporto de competiçao, consiste num confronto de destreza entre dois oponentes, atraves do desenvolvimento de situacoes e golpes aplicados com os pes, inclusive os auxiliados pelas maos, cabeca e pernas, observadas as limitacoes deportivas que proibem seja posta em perigo a integridade fisica dos combatentes.19
As exigencias da CBP implicava para os associados "uma capoeira limpa", ou seja, um respeito total as leis e regulamentos por ela determinadas; esse fato pode ser observado como "um respeito por conven9oes" (cf. Douglas, 1976), assim como uma oposicao aos que praticavam um outro tipo de capoeira que causasse infracoes, danos, enfim uma capoeira "suja", pois "o consentimento de praticas reprovaveis ou ilegais aviltam a capoeira como desporto e se constituem na destruicao dos esforcos dispendidos por quantos almejarem a sua regulamentacao como pratica desportiva".20 Alem disso, a concepcao de uma capoeira "suja" utilizada pelo CBP relacionava-se corn a origem social de quem a praticava. Segundo Mestre Bimba:

capoeira era coisa para carroceiro, trapicheiro e estivador. Eu era estivador na ocasiao. A policia perseguia um capoeirista como se persegue um cao danado. Imagine so que o castigo que davam a dois capoeiristas que fossem presos brigando era amarrar um pulso num rabo de cavalo e o outro em cavalo paralelo. Os dois cavalos eram soltos e postos a correr em disparada ate o Quartel. Comentavam ate, em brincadeira, que era melhor brigar perto da Policia, pois houve muitos casos de morte nos cavalos. 0 capoeirista nao aguentava ser arrastado, em velocidade, pelo chao e morria antes de chegar a sede de Policia".21

E importante notar que tanto a CBP quanto o CND eram presididos por militares, o que faz ressaltar ao nivel do esporte nacional, uma consonancia de diretrizes tracadas corn a ideologia do periodo autoritario. Um exemplo disso foi a introducao da capoeira na Policia Militar da Bahia (PM-Ba.) como "uma utilidade do meio da defesa pessoal, alem de ser um perfeito sistema de condiçao fisica".22 Ao apoiar a valoriza9ao da capoeira como esporte, a PM-Ba. procurava divulga-la em outros estados brasileiros assim como formar "bons capoeiristas a fim de que este esporte seja difundido dentro de um metodo certo de ensino". Enfim, objetivava acabar com a imagem outrora da capoeira de "esporte de malandro", e, por isso, esperava contar com o apoio "das autoridades e das entidades de classes". A capoeira que saia, na visao oficial, da marginalidade, de luta de negros, para a sacralizacao de "um esporte brasileiro", poderia ser assistida, como competicao, atraves da Academia de Policia Militar da Bahia, em colegios, clubes sociais ou qualquer outro orgao puiblico ou privado, sem qualquer 6nus, pois a meta era divulgar o "lindo esporte". Se o intuito era dar a capoeira um carater de brasilidade, convinha tambem que fosse adotada em outros quarteis do pais, como os da Guanabara e Sao Paulo. Alem disso, o comandante da Policia Militar da Bahia propunha fundar a Federacao Baiana de Capoeira. Para isso seria preciso buscar o apoio do governo federal. A dupla acepcao presente na capoeira, esporte nacional/folclore, pois o Departamento Especial da CBP considerava-a como "um desporto de carater amadorista em todo o territorio nacional e uma luta que consiste num sistema de ataque e defesa, de origem folclorica, genuinamente brasileiro", deve ser compreendido como um continuo de representacoesja elaborados desde o seculo XIX. Como mostra Leticia V. de S. Reis (1993), a apropriacao simbolica da capoeira como esporte nacional ocorre no final do seculo XIX, atraves de folcloristas, militares e escritores no sentido de retirar a sua heranca africana e caracteriza-la como a "gymnastica nacional" resultante da mesticagem racial.
18 Jornal da Bahia, 02 e 03/06/1974.
19 A Tarde, 21/10/1974, Capoeiristas nao sabem que j tem regulamento definido.
20 Ibid.
21 Jornal da Bahia, 27/01/1973, Bimba vai embora por falta de apoio.
22 A Tarde, 21/10/1974, Capoeira na Bahia ja nao 6 s6 um folclore.
fuente: http://docs.google.com/gview?a=v&q=cache:Ktk_af5WE28J:canafro.iglooprojects.org/download/library/politicalr/nacaomesti+Bimba+%22Jornal+da+Bahia%22+27+janeiro+1973&hl=es&gl=es&pid=bl&srcid=ADGEESiNtaxutRpEO4gfxEm2EIthKVwQvNLAof4ulm1c07v6dTA7ElX96KTz7pQqS4X1qCsNTCM3MhMa3zNvKSrgORP4vZy85XcKC4GUCAy16hCn8-uuRlvUu_IUPpcqdhpu00rXSLik&sig=AFQjCNH1tnTJatO2jOijONj46eoANUkfMw


viernes, 30 de octubre de 2009

Movimientos del Método ZUMA (1928) usados en la REGIONAL


1928-ZUMA
Cabeçada,
Rastreira
Thesoura,
Bahiana
Xulipa,
Bahú,
Tombo De Ladeira Ou Calço,
Arrastão,
Banda de Frente,
Banda Amarrada,
Banda Jogada,
Queixada (Do Autor),
Suicidio

REGIONAL
Cabeçada,
Rastreira,
Tesoura de Costas,
Baiana,
Chulipa,
Baú,
Tombo De Ladeira,
Arrastão ,
Banda de Costas,
Banda Lisa,
Banda Traçada,
Queixada,
Suicidio

1928-BATUQUE- Aprendizaje deportivo de la capoeira



O livro de ouro do carnaval brasileiro‎ - Página 336Felipe Ferreira - 2004 - 421 páginas
Samba e batuque Em torno dos anos 1 930, a questão da definição dos ritmos ... pois, segundo o texto, o batuque seria "um exercício para a aprendizagem esportiva da capoeira...

lunes, 26 de octubre de 2009

Curso de Capoeiragem na Universidade

Foto:1968-Simposio de Capoeira (Rio).Gentileza A.L.Lacé.


A violência e o futebol: dos estudos clássicos aos dias de hoje‎ - Página 1352007 - 194 páginas
Quando reitor da Uerj (Universidade do Estado da Guanabara - UEG), entre 1967 e 1977, criou o primeiro curso de capoeiragem em universidade brasileira

martes, 20 de octubre de 2009

1901-MOVIMIENTOS DE CAPOEIRAGEM


José Alexandre Melo Morais Filho, Festas e tradições Populares do Brasil , 1901.

No tempo em que os enterramentos faziam-se nas igrejas e que as festas religiosas amiudavam-se, as tôrres enchiam-se de capoeiras, famosos sineiros que, montados na cabeça dos sinos, acompanhavam tôda a impulsão dos dobres, abençoando dasalturas o povo que os admirava, apinhado nas praças ou nas ruas.
A capoeiragem antiga e a moderna tem a sua gíria, a sua maneira de expressão, pela qual são compreendidos os lances do jogo. Devéras arriscados, difíceis, e dependendo de rapidez e hábito, não é sem longa prática que conseguem taislutadores fazer-se notáveis.
Para darmos uma pálida idéia da gíria e de jôgo, ajustemos por aquela algumas evoluções dêste.
Um dos preparativos mais rudimentares do capoeira o o rabo de arraia. Consisteêle na firmeza de um pé sôbre o solo e na rotação instantânea da perna livre,varrendo a horizontal, de sorte que a parte dorsal do pé vá bater no flanco do contendor, seguindo-se após a cabeçada ou a rasteira, infalíveis corolários dainiciação do combate.
Por escorão, entendem êles amparar inesperadamente, com o pé de encontro ao ventre, o adversário, o que é um subterfúgio, que difere do pé de panzina, que éo mesmo no resultado, porém que o fazem não como um recurso do jogo, mais deixando à destreza tempo para varrê-lo.
O passo a dois (gíria moderna) é um sapateado rápido que antecede a cabeçada e a rasteira ; da qual o acometido se livra armando o clube-X, que quer dizer o afastamento completo das tíbias e a união dos joelhos, que, formando larga base,estabelecem equilíbrio, recebendo no embate o salto da botina, que ainda ofende oadversário.
O tombo de ladeira é tocar no ar, com o pé, o indivíduo que pula ; arasteira-à-caçador é o meio ginástico de que se servem para, deixando-se cair sôbreas costas, ao mesmo tempo que se firmam-se nas mãos, derrubarem o contrário,imprimindo-lhe com o pé violenta pancada na articulação tíbio-tarsiana.
O Tronco, raiz e fedegoso, talvez o lance mais feliz do jôgo, visto depender de umaagilidade incrível e considerável solidez muscular, forma a síntese dos arriscados estudos da capoeiragem.

1906-BRASIL-Capoeira definida como CAFUZA e MAMELUCA


Nota:Pasos de Maxixé,Batuque son nombrados en movimientos de capoeiragem(Annibal Burlamaqui-1928).
(1) http://cap-dep.blogspot.com/2009/10/o-livro-de-ouro-da-mpb-historia-de.html
(2) http://sala-prensa-internacional-fica.blogspot.com/2009/10/batuque-e-capoeiragem-1930.html
Lusotropicalisme: idéologies coloniales et identités nationales dans les ...‎ - Página 2591997 - 580 páginas
... et qu'elle était considérée comme un crime dans le Code pénal de 1890, cette pratique est consacrée officiellement comme un « sport national » en 1937. ...

lunes, 19 de octubre de 2009

FUENTE DIBUJO: http://saladepesquisacapoeira.blogspot.com/2009/08/1852-carnerada-capoeira.html

El pintor y dibujante alemán Johann Rugendas, que estuvo en Brasil en 1821, escribió una de las primeras defi niciones de capoeira, describiéndola como una “diversión guerrera” de los negros,
en que se intentaba golpear el pecho del adversario con la cabeza y defenderse con saltos de costado y paradas. El dibujante compara a los competidores con chivos, debido a
los choques de cabeza que sucedían durante el juego. Plácido de Abreu, en el libro Os capoeiras, presenta términos tales como topete a cheirar (copete a oler) y chifrada (corneada), ambas variaciones de cabezada.



Paradigmas en la História de la Capoeira


Futebol, carnaval e capoeira: entre as gingas do corpo brasileiro‎ - Página 38de Heloisa Turini Bruhns - 2000 - 158 páginas
Capoeira é um diálogo de opostos; jogar capoeira é uma forma dinâmica. A capoeira deve ter seus próprios paradigmas para se auto-avaliar

Cultura Nacional y Regional versus Gymnastica Nacional (Capoeiragem) y Capoeira Regional

ANGELA TEREZA DE OLIVEIRA CORREA*
A VIDA NOTURNA EM BELÉM: A BOÊMIA POÉTICA 1920/1940
Universidade Federal do Pará/Núcleo Pedagógico Integrado

Na década de 1920, jovens literatos boêmios costumavam se reunir no terraço do Grande
Hotel, no Largo da Pólvora11:
À noite, no terraço do Grande Hotel, debaixo de copadas mangueiras, reuniam-se os grupos habituais. O círculo de conhecidos ia se alargando. Emendava-se, às vezes, com outras rodas. Vinham o Braguinha, o Proença, o Orlando, Clóvis de Gusmão, o Abguar Bastos, ás vezes Nunes Pereira. Discutia-se de tudo. Entravam em comentários os fatos correntes, fofocas, anedotas. (...)12 Outros literatos boêmios reuniam-se pelos “botecos do Ver-o-Peso. Deste grupo, mais
modesto, participavam Paulo de Oliveira, De Campos Ribeiro, Ernani Vieira, Muniz Barreto, Arlindo Ribeiro de Castro, Lindolfo Mesquita, Sandoval Lage e Rodrigues Pinagé13 que pelos
botecos do Ver-o-Peso, bebiam cachaça de 500 réis a dose acompanhada de posta de peixe frito
de 200 réis e farinha d'água de 10 tostões o litro.14
Os dois grupos, apesar das diferenças sociais, que parecia separá-los, pois alguns faziam parte das elites locais, tendo podido freqüentar faculdades do Rio de Janeiro e São Paulo, enquanto outros provinham de famílias mais humildes, comungavam de idéias e projetos de uma cultura "nacional" e "regional". Suas idades variavam entre 16 e 40 anos, é mesmo possuindo os mais diferentes credos estéticos, mantinham, entre si, uma constante integração. O desejo de produzirem uma “cultura nacional”15, baseada nos elementos da “cultura popular” foi capaz de uni-los, assim como as noites de diversão, já que parecem terem sido freqüentes as escapadas de vários integrantes do grupo do Grande Hotel em noitadas suburbanas, onde exercitavam poesia, política e vida amorosa16.

11 FIGUEIREDO, Aldrin Moura de. Eternos modernos: uma história social da arte e da literatura na Amazônia, 1908-1929. São Paulo: UNICAMP/ Tese de Doutorado, 2001. (mimeo), pág. 219.
12 RAUL, Bopp. Belém em 1921. Citado por FIGUEIREDO, Aldrin Moura de. Obra cit. pág. 219.
13 FIGUEIREDO, Aldrin Moura de. obra cit. pág. 220.
14 ROCHA, Alonso Et. All. Bruno de Menezes e a sutileza da transição. Belém: Cejup. Pág. 14.
15 Nas décadas de 20 e 30 do século XX, os intelectuais brasileiros estavam repesando o Brasil. Uma das principais questões focalizadas os levou a refletir sobre as bases para a construção de uma identidade nacional independente de modelos, valores e pensamentos provenientes da Europa, neste momento vista como ultrapassada e decadente, devido às destruições e perdas sofridas durante a Primeira Guerra Mundial. Os elementos que comporiam a cultural nacional, identificando a nação, deveriam ser procurados no interior da cultural popular. Neste sentido o popular torna-se o lócus da autenticidade. OLIVEIRA, Lucia Lippi. A Questão Nacional na Primeira República. In: A década de 1920 e as origens do Brasil moderno. (Orgs) LORENZO, Helena Carvalho de. & COSTA Wilma Peres da. São Paulo: UNESP, 1997, p 185/193. Na década de 1930, sob a égide do estado Varguista, a política cultural implantada procurou inviabilizar as múltiplas práticas culturais existentes no interior da sociedade brasileira que destoavam do conceito de cultura nacional e popular que se desejava implantar. Assim a cultura foi colocada sobre a tutela do Estado definindo-se enquanto “matéria oficial” e o esboço de um projeto de nacionalização paternalista que promovesse a elevação cultural do povo. MENDOÇA, Sônia Regina de. As Bases do Desenvolvimento Capitalista Dependente: da Indústria Restringida à Internacionalização. In: História Geral do Brasil. (Org) LINHARES, Maria Yedda. 9ª Ed. Rio de Janeiro: Campus, 1990, p.344/347.
16 FIGUEIREDO, Aldrin Moura de. Obra cit. pág. 220.

http://www.anpuhsp.org.br/downloads/CD%20XIX/PDF/Autores%20e%20Artigos/Angela%20Tereza%20de%20Oliveira%20Correa.pdf

domingo, 11 de octubre de 2009

Capoeira y la élite intelectual

O BALÉ DO RIO DE JANEIRO E DE SÃO PAULO ENTRE
AS DÉCADAS DE 1930 E 1940: CONCEPÇÕES DE
IDENTIDADE NACIONAL NO CORPO QUE DANÇA*

Daniela Reis**
Universidade Federal de Uberlândia –

danie.reis@zipmail.com.br
...........a partir apenas da década de 1930 que essa posição irá se modificar, momento em que algumas manifestações populares, como o samba, a capoeira e elementos folclóricos, passam a
interessar membros da elite e intelectualidade brasileira
. Uma das obras considerada paradigmática para essa nova postura é Casa Grande & Senzala, que trouxe um pensamento distinto sobre a diferença entre raça e cultura. Na verdade, uma outra versão da identidade nacional passa a ser construída e as discussões do momento passam a ser representadas nas artes. E na dança, não por acaso, isso se apresenta um pouco mais tarde. Regina Abreu ressalta que foi neste momento de discussão entre os teóricos sobre a identidade nacional, quando “o conceito de raça foi substituído pelo de cultura”, que a figura do “mulato carioca” foi recuperada. “Numa inversão completa, ele se tornou um dos principais símbolos de uma cultura que singularizava o Brasil: uma cultura mestiça, considerada rica justamente porque resultado de muitas misturas”. A representação do nacional, neste período, foi discutida por muitos autores. Desse modo, aparece aqui apenas sinalizando uma passagem.
http://www.revistafenix.pro.br/PDF4/Artigo%2004%20-%20Daniela%20Reis.pdf

Capoeiragem

MINISTÉRIO DA CULTURA
Fundação Biblioteca Nacional
Departamento Nacional do Livro
A ALMA ENCANTADORA DAS RUAS
João do Rio

Nota: Em 1908, iluminada pelas primeiras luzes da modernidade, o Rio de Janeiro já se revelava, aos olhos mais sensíveis, como uma cidade multifacetada, fascinante, efervescente na democracia da ruas. Nesse ano, um cronista lança o livro "A alma encantadora das ruas", em que observa, deslumbrado, as novas relações sociais que se desenham no coração daquela seria mais tarde chamada a Cidade Maravilhosa. Seu nome: João do Rio.

...............— Sim senhor. Capoeiragem é uma arte, cada movimento tem um nome. É mesmo como
sorte de jogo. Eu agacho, prendo V. Sa pelas pernas e viro — V. Sa virou balão e eu entrei debaixo. Se eu cair virei boi. Se eu lançar uma tesoura eu sou um porco, porque tesoura não se
usa mais. Mas posso arrastar-lhe uma tarrafa mestra.
— Tarrafa?
— É uma rasteira com força. Ou esperar o degas de galho, assim duro, com os braços
para o ar e se for rapaz da luta, passar-lhe o tronco na queda, ou, se for arara, arrumar-lhe
mesmo o bauú, pontapé na pança. Ah! V. Sa não imagina que porção de nomes tem o jogo. Só
rasteira, quando é deitada, chama -se banda, quando com força tarrafa, quando no ar para
bater na cara do cabra meia -lua.
— Mas é um jogo bonito! fiz para contentá-lo.
— Vai até o auô, salto mortal, que se inventou na Bahia.
Para aquela lição tão intempestiva, já se havia formado um grupo de temperamentos
bélicos. Um rapazola falou.
— E a encruzilhada?
— É verdade, não disseste nada de encruzilhada?
E a discussão cresceu. Parecia que iam brigar.
http://cultvox.locaweb.com.br/livros_gratis/alma_encantadora_das_ruas.pdf

lunes, 5 de octubre de 2009

Maxixe-Capoeira


O livro de ouro da MPB: a história de nossa música popular de sua origem até ...http://books.google.es/books?id=r-Pxlu1AKrQC&pg=PP1&dq=Andan%C3%A7as+e+Festan%C3%A7as+do+Martinho+da+Vila.&as_brr=3#v=onepage&q=&f=false

Otra cita: 1920,convive el Maxixé con los Capoeiras :
Pontos e bordados‎ - Página 359José Murilo de Carvalho - 1999 - 457 páginas
Abrangia capangas e capoeiras, muitos deles assassinos confessos. ... da Avenida Central, dançar maxixe nos cabarés, enrolar-se nos braços das cocotes. ...

jueves, 17 de septiembre de 2009

Cipaios(Sipais) convivieron con Brasileños(Brasil aún Colonia) en Mozambique no siglo XVIIII



FOTO:Agrupamento de sipaios indígenas(Moçambique), e seu comandante europeu, no período colonial.Crédito: Parte de uma foto, autor desconhecido, propriedade de Prof. Henrique Martins.

Em 1760, a guarnição foi elevada para 10 companhias e no ano seguinte para 11.Os soldados chegavam principalmente de Portugal, de Goa e, na segunda metade da centúria, do Brasil, na sua maioria, como degredados. Contudo, os reforços enviados para Moçambique eram, em geral, diminutos e, mesmo procedendo ao recrutamento local, raramente o regimento estava completo.No século XVIII, os portugueses deparavam com dificuldades crescentes para preencher o regimento de infantaria de Moçambique. Não só o Brasil atraía a maior parte dos que saíam de Portugal, como a elevada mortalidade verificada na costa oriental africana contradizia qualquer esforço de completar o exército com reinóis. Desenvolvendo um discurso sobre a inadequação dos soldados europeus ao meio moçambicano, durante a segunda
metade da centúria, a administração da colónia tentou encontrar alternativas no quadro do Índico. As soluções ensaiadas centraram-se, numa primeira fase, no recurso aos cipaios (Sipais) importados da Índia para conduzirem, posteriormente, ao recrutamento para o exército regular de soldados naturais da colónia, nomeadamente dos patrícios, nos Rios de Sena, e dos macuas
e suaílis, no litoral da ilha de Moçambique. Esse processo desembocaria no projecto, formulado na colónia e desenvolvido em Lisboa, de naturalizar o regimento de Moçambique, reservando o oficialato para os europeus. Não obstante, os inúmeros obstáculos levantados ao recrutamento local inviabilizariam a constituição de um regimento completamente preenchido
com gente da colónia. Integrando um longo processo de trocas intercoloniais entre a Índia
e Moçambique
, a experiência de recrutamento de cipaios indianos, a que sucedeu a constituição de companhias de cipaios moçambicanos, reflectirse- ia em Moçambique não apenas em termos militares, como também lingüísticos. De facto, a designação de cipaios importada da Índia transitou para os soldados africanos, incorporando-se na terminologia marcial moçambicana. Primeiro, para identificar as companhias de naturais da colónia que integravam o exército regular português, como foi o caso da companhia de macuas e suaílis da Terra Firme. Progressivamente, essa denominação estendeu-se a quaisquer combatentes africanos. As descrições sobre os confrontos militares oitocentistas identificam os combatentes moçambicanos,
tanto os soldados regulares ao serviço do exército português como os que eram mobilizados pelos senhores dos prazos, como cipaios89. As denominações locais para os soldados moçambicanos, como “cafres de arco” e achikunda, foram progressivamente elididas pela nomenclatura indiana.

Metodo Amoróes (Savate)


1835 Primeiros registros sobre capoeira, que em 1855 passa a ser coibida pela Polícia e, posteriormente, identificada com o nome de “carioca”. No ano de 1877 aparece, sob a forma decompetição, sinalizando a adesão popular ao esporte, em paraleloà sua feição elitista. 1841 Anúncio de uma apresentação de Ginástica (sic) no Teatro de São Luís, por um discípulo de Amóros – líder do movimento em prol da Educação Física na França - , Mister Willis, e um seu auxiliar.
http://www.atlasesportebrasil.org.br/textos/10.pdf

miércoles, 16 de septiembre de 2009

OS CAPOEIRAS: REPRESENTAÇÕES NA IMPRENSA E NA INTELECTUALIDADE DO SÉCULO XIX

OS CAPOEIRAS: REPRESENTAÇÕES NA IMPRENSA E NA INTELECTUALIDADE DO SÉCULO XIX
Samantha Eunice de M. Marques Pontes
Biblioteconomia e Documentação (UFF) e Mestranda em Memória Social da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO)
E-mail:
pegui@click21.com.br

...........Assim, era através do corpo e dos gestos que primeiro se conhecia o capoeira que atraía a atenção dos expectadores acidentais ou fiéis que o observavam em suas rotineiras atuações temidas e admiradas nas ruas da cidade. Palavras como “ajuntamentos” ou sinônimos estão constantemente relacionadas nas narrativas sobre as ações dos capoeiras, e demonstram que havia interesse popular pelas suas performances. A insistência das ações dos capoeiras, a despeito da forte repressão das autoridades e a forja de seu corpo fora dos padrões institucionais da época, são fatores que podem dar conta do mito da resistência que a capoeira representa até hoje.

APRENDIZ DE CAPOEIRA. Anteontem divertia-se o menor Antônio Soares de Araújo em exercícios acrobáticos de agilidade, que o vulgo chama de capoeiragem. O campo de exercícios era o largo da Sé, onde o rondante, não apreciando aquela cena, levou Antônio para a Primeira estação da Guarda Urbana.

Diário do Rio de Janeiro, 05 março 1872.

A repressão policial à prática da capoeira é descrita na nota acima publicada na segunda metade do século. Apesar de não estar aparentemente envolvido em nenhuma situação de conflito, o dito “aprendiz de capoeira” representa uma ameaça que deve ser combatida imediatamente. ...........
Na divisão simbólica do território da cidade percebe-se a marca do capoeira, que caracteriza os lugares com o estigma da desordem e do perigo, conforme relata a citação anterior. No entanto, a capoeiragem carioca constitui-se como uma organização tão hierarquizada quanto um grupamento militar, onde se destacam mestres e discípulos que se graduam de acordo com suas habilidades corporais testadas nas ações praticadas nas ruas. Tal hierarquia era reconhecida tanto pelos capoeiras quanto pelo restante da sociedade, que acompanhava suas façanhas nos constantes noticiários.
Apesar da proibição, era na rua, à vista de todos, que se processava o ensino da capoeira. E mesmo sendo coibido num dia, retomava dias depois no mesmo lugar. Esses lugares onde acontecia o treinamento dos novos capoeiras eram conhecidos e numerosamente freqüentados.
"Parece averiguado que o Largo da Sé é o campo escolhido para os recrutas da arte. Ontem às duas horas da tarde José Leandro Franklin, veterano experimentado e o noviço Albano, aquele ensinando, este aprendendo as artes e agilidades da capoeiragem, foram surpreendidos nos seus estudos pelos guardas urbanos, que mudaram-lhe o curso para o xadrez da polícia. À preleção de Franklin assistiam muitos colegas, e talvez aspirantes, mas estes infelizmente evadiram-se "
Jornal do Comércio. 11 março 1872


http://www.unirio.br/morpheusonline/numero07-2005/samantha.htm

Algunas citas sobre Capoeira

FOTO:Plácido de Abreu Morais (1857-1894) http://www.capoeira-infos.org/ressources/textes/t_placido_de_abreu.html

http://sala-prensa-internacional-fica.blogspot.com/2009/10/vocabulario-da-giria.html

1770 – A mais antiga referência da Capoeira enquanto uma forma de luta. “Segundo os melhores cronistas, data a capoeiragem de 1770, quando para cá andou o Vice-Rei Marquês do Lavradio. Dizem eles também que o primeiro capoeira foi um tenente chamado João Moreira, homem rixento, motivo porque o povo o apelidava de ‘amotinado’. Viam os negros escravos como o ‘amotinado’ se defendia quando eram atacados por 4 ou 5 homens, e aprenderam seus movimentos, aperfeiçoando-os e desdobrando-os em outros, e dando a cada um o seu próprio nome” (Edmundo 1951).

Citas: Joao Moreira (7)




1888 – Surge o primeiro livro sobre a Capoeira: o romance “Os Capoeiras”, de Plácido de Abreu, onde aparece a primeira nomenclatura de movimentos.



Nota:Legado de movimientois de capoeira-Plácido de Abreu:




A- Legado de Plácido de Abreu - 1886: Trastejar, Caçador, Rabo de Arraia, Moquete, Banho de Fumaça, Passo de Sirycopé, Baiana, Chifrada, Bracear, Caveira no Espelho, Topete a Cheirar, Lamparina, Pantana, Negaça, Ponta-pé e Pancada de Cotovelo




1889 – Proclamação da República. Deportação dos capoeiras considerados criminosos para o Arquipélago de Fernando de Noronha. Nasce a proposta da Ginástica Nacional, como instrumento de Educação Física, a partir do reaproveitamento dos movimentos da Capoeira. Esta forma desportiva foi liberada pela polícia.
http://www.capoeira-fica.org/Cronologia.htm

sábado, 12 de septiembre de 2009

Uma história não contada


"Uma história não contada" sobre la marginación del hombre negro en Brasil. libro: de Escrito por Petrônio Domingues .




Nota del pesquisador: Para marginar al africano,se le acusaba de capoeira cuando en blanco practicaba el savate.Seguir esta cita del libro:............Assim também a capoeira soube substituir o savate ...