de Vagner Gonçalves da Silva - 2004 - 252 páginas Repetindo uma afirmativa feita por Coelho Neto em 1928, Bimba ressaltou que a capoeira deveria ser ensinada "nos colégios e quartéis".
Waldeloir Rego (1968), um antropólogo baiano, foi, certamente, um dos primeiros estudiosos a perceber a capoeira por este prisma. Em seu trabalho Capoeira Angola: Ensaio sócio-etnográfico, desenvolvido nos anos sessenta, argumenta que:No caso da capoeira, tudo leva a crer seja uma invenção dos africanos no Brasil (onde) o pendor dos negros para festa, fertilidade de imaginação e agilidade foram o suficiente para usarem e abusarem dos folguedos conhecidos e inventarem muitos outros. Além da sua capacidade de imaginação, buscavam os negros, elementos de outros folguedos e de coisas outras do quotidiano para inventarem novos folguedos, como teria sido o caso da capoeira.(Rego, 1968:31). Em estudo mais recente, a estudiosa Adriana Barão (1998), em acordo com as proposições de Waldeloir Rego, escreve:Entendemos assim que esta possível gênese da movimentação da capoeira, enraizada nas danças africanas reafirma uma identidade afro-brasileira da prática, por aglutinar saberes corporais africanos, reinterpretados em território brasileiro, os quais são performatizados e vivificados no momento da roda de capoeira .... (Barão, 1998:17).
MINISTÉRIO Da FAZENDA DECRETOS DE 29 DE JUNHO DE 1965 • O Presidente da República resolve CONCEDER APOSENTADORIA: Na Parte Permanente do Quadro do Pessoal do Ministério cia Fazenda . De acôrdO com o art. 176, item II, combinado com o art. 181, item 1, da Lei n9 1.711, de 28 de outubro de 1952 15 — a AnIbal Zumalacaraguhy de Menck Burlamaqui, ocupahte do cargo do Nível 13, da Class. de Fiscal Auxiliar de Impostos Internos (Processo n9 91.562-65); FUENTE: (PAG 7-8) Seção 1. DOU de 30/06/1965
Em 1910, Germano Haslocjer, Luiz Murat e quem escreve estas linhas pensaram em mandar um projeto a Mesa da Câmara dos Deputados tornando obrigatório o ensino da capoeiragem nos institutos oficias e nos quartéis. Desistiram, porém, da idéia porque houve quem a achasse ridícula, simplesmente, por tal jogo era...brasileiro. Viesse-nos ele com rótulo estrangeiro e tê-lo-íamos aqui, impando importância em todos os clubes esportivos, ensinado por mestres de fama mundial que, talvez, não valessem um dos nossos pés rapados de outrora que, em dois tempos, mandariam um Firpo ou um Dempsey ver vovó, com alguns dentes a menos algumas bossas de mais. Enfim...Vamos aprender a dar murros é esporte elegante, porque a gente o pratica de luvas, rende dólares e chama-se Box, nome inglês. Capoeira é coisa de galinha, que o digam os que dele saem com galos empoleirados no alto da sinagoga. É pena que não haja um brasileiro patriota que leva a capoeiragem a Paris, batisando-a, com outro nome, nas águas do Sena, como fez o Duque com o Maxixe. Estou certo de que, se o nosso patriotismo lograsse tal vitória até as senhoras haviam de querer fazer letras, E que linda seriam as escritas! Mas, se tal acontecesse, sei lá ! muitas cabeçadas dariam os homens ao verem o jogo gracioso das mulheres
Waldeloir Rego (1968), um antropólogo baiano, foi, certamente, um dos primeiros estudiosos a perceber a capoeira por este prisma. Em seu trabalho Capoeira Angola: Ensaio sócio-etnográfico, desenvolvido nos anos sessenta, argumenta que:No caso da capoeira, tudo leva a crer seja uma invenção dos africanos no Brasil (onde) o pendor dos negros para festa, fertilidade de imaginação e agilidade foram o
ResponderEliminarsuficiente para usarem e abusarem dos folguedos
conhecidos e inventarem muitos outros. Além da sua capacidade de imaginação, buscavam os negros, elementos de outros folguedos e de coisas outras do quotidiano para inventarem novos folguedos, como teria sido o caso da
capoeira.(Rego, 1968:31).
Em estudo mais recente, a estudiosa Adriana Barão (1998), em acordo com as proposições de Waldeloir Rego, escreve:Entendemos assim que esta possível gênese da movimentação da capoeira, enraizada nas danças africanas
reafirma uma identidade afro-brasileira da prática, por aglutinar saberes corporais africanos, reinterpretados em território brasileiro, os quais são performatizados e
vivificados no momento da roda de capoeira ....
(Barão, 1998:17).
MINISTÉRIO Da FAZENDA
ResponderEliminarDECRETOS DE 29 DE JUNHO DE 1965 •
O Presidente da República resolve
CONCEDER APOSENTADORIA:
Na Parte Permanente do Quadro do Pessoal do Ministério cia Fazenda . De acôrdO com o art. 176, item II, combinado com o art. 181, item 1, da Lei n9 1.711, de 28 de outubro de 1952
15 — a AnIbal Zumalacaraguhy de Menck Burlamaqui, ocupahte do cargo do Nível 13, da Class. de Fiscal Auxiliar de Impostos Internos (Processo n9 91.562-65);
FUENTE: (PAG 7-8) Seção 1. DOU de 30/06/1965
Em 1910, Germano Haslocjer, Luiz Murat e quem escreve estas linhas pensaram em mandar um projeto a Mesa da Câmara dos Deputados tornando obrigatório o ensino da capoeiragem nos institutos oficias e nos quartéis. Desistiram, porém, da idéia porque houve quem a achasse ridícula, simplesmente, por tal jogo era...brasileiro. Viesse-nos ele com rótulo estrangeiro e tê-lo-íamos aqui, impando importância em todos os clubes esportivos, ensinado por mestres de fama mundial que, talvez, não valessem um dos nossos pés rapados de outrora que, em dois tempos, mandariam um Firpo ou um Dempsey ver vovó, com alguns dentes a menos algumas bossas de mais. Enfim...Vamos aprender a dar murros é esporte elegante, porque a gente o pratica de luvas, rende dólares e chama-se Box, nome inglês. Capoeira é coisa de galinha, que o digam os que dele saem com galos empoleirados no alto da sinagoga. É pena que não haja um brasileiro patriota que leva a capoeiragem a Paris, batisando-a, com outro nome, nas águas do Sena, como fez o Duque com o Maxixe. Estou certo de que, se o nosso patriotismo lograsse tal vitória até as senhoras haviam de querer fazer letras, E que linda seriam as escritas! Mas, se tal acontecesse, sei lá ! muitas cabeçadas dariam os homens ao verem o jogo gracioso das mulheres
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