Centro de Ensino Superior do Seridó – Campus de Caicó.Publicação do Departamento de História e Geografia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.V. 02. N. 03, fev./mar. de 2001 – Semestral
ISSN ‐1518‐3394 , Disponível em www.cerescaico.ufrn.br/mneme
A partir de 1728, por determinação régia, tentou-se misturar os Corpos de Ordenanças de pardos com os de brancos, para que aqueles ficassem mais “sujeitos e obedientes, pois não lhes convinha servir em corpo separado.”xvi Em 1731, o Conselho Ultramarino estranha a permanência da separação entre pardos e bastardos, e adverte para que tais práticas não prosseguissem.xvii Mesmo com as determinações, a população da Capitania insistia na separação racial entre as Companhias.
Quanto às formas de emprego das Ordenanças, Graça Salgado afirma que elas possuíam uma dupla função:
“... materializavam a administração portuguesa na Colônia em virtude de sua presença compulsória, e fortaleciam o poder dos senhores de terras locais - que passaram a dispor de uma força armada e vestida por estes senhores de terra - para impor a sua própria ordem e, através dela, resguardar seus interesses.”xviii Mello e Souza corrobora essa análise ao afirmar que os potentados não apenas se utilizavam dessas Ordenanças, mas que elas eram uma espécie de Polícia privada composta por desclassificados. Para confirmar seu argumento, cita a correspondência de Dom Rodrigo José de Menezes com o Ministro Martinho de Mello e Castro. Dentre os assuntos tratados está a questão da guarda pessoal de um certo Manuel José, composta de “brancos de ruim conduta, mulatos e negros com armas de fogo, catanas e porretes.”xix Além do aspecto de fortalecimento de potentados, as ordenanças desempenhavam outro papel: quando reunidas, formavam Terços, que também eram utilizados pela administração colonia.
lxvi Clavina curta, espada alemã, e duas pistolas de arção. Casaca e calções azul ferrete, vivos amarelos, pluma vermelha, colete preto, meias pretas, correame amarelo, bolsa preta, platina de escama. Os cavalos: manta azul com vivo vermelho, sela gineta (dois arções altos), correame amarelo e freio português lxvii Tipo especial de milícia, sendo uma designação vulgar para as Cias. de Capitães de Assalto, formadas de negros que em tempos de guerra exploravam as campanhas, transmitiam ordens e mensagens e, em tempos de paz caçavam os escravos e criminosos foragidos e combatiam os quilombos. Ver “Colecção Sumária das Próprias Leis, Cartas Régias, Avisos e Ordens que se acham nos livros da Secretaria do Governo desta Capitania de Minas Geraes” REVISTA DO ARQUIVO PÚBLICO MINEIRO. Belo Horizonte. XVI, 1911, p. 449.
lxviii VASCONCELOS, Diogo Pereira Ribeiro de. Memória sobre a Capitania da Minas Gerais. Cap. X. Forças da Capitania. op. cit.
lxix MAWE, John. Viagens ao interior do Brasil - principalmente aos Distritos do Ouro e Diamante, trad. Rio de Janeiro, 1944. Sobre a estada de John Mawe em Minas ver: Carta do Conde de Linhares a José Ricardo de Gouveia Mourão, escrita em 9 de janeiro de 1810. Capitania de Minas Gerais, I,1,2,34,151. Arquivo Histórico do Exército.
http://www.cerescaico.ufrn.br/mneme/pdf/mneme03/001-p.pdf
jueves, 13 de enero de 2011
viernes, 7 de enero de 2011
1830- Descripción de "Rabo de Arraia"
O desengano, periodico politico, e moral, Números 1-27 José Agostinho de Macedo, Na Impressão regia, 1830
PAG 3.............Quando julgavamos os Francezes contentes, e tranquillos no seu elemento das frivolidades, ou fatuidades, como beliçosas Borboletas, gyrando de flor em flor, ora aperfeiçoando, e introduzindo novos passos no Minuete de Dupré, dando mais ou menos tezoiradas nos cabellos tosquiados á Titus, mandando para aqui, e para toda a parte, Colonias, e Colonias de huma especie de Forçureiras chamadas Modistas, que por hum panno de palha feita em chapeos, nos acabassem de alimpar esse resto d'ouro, que para cá mandavão as minas de Catapreta, sem haver quem lhos de com elles na cara, e por outras regiões com hum rabo de Arraia; enchendo os armazens do Chiado de imma palhada de Livros sem alma, e sem churume, que as mãis de familia destribuão por suas filhas em lugar das Horas Alarianas,..............
http://books.google.com/books?id=5uzTAAAAMAAJ&printsec=frontcover&vq=ARRAIA&hl=es#v=onepage&q=ARRAIA&f=false
PAG 3.............Quando julgavamos os Francezes contentes, e tranquillos no seu elemento das frivolidades, ou fatuidades, como beliçosas Borboletas, gyrando de flor em flor, ora aperfeiçoando, e introduzindo novos passos no Minuete de Dupré, dando mais ou menos tezoiradas nos cabellos tosquiados á Titus, mandando para aqui, e para toda a parte, Colonias, e Colonias de huma especie de Forçureiras chamadas Modistas, que por hum panno de palha feita em chapeos, nos acabassem de alimpar esse resto d'ouro, que para cá mandavão as minas de Catapreta, sem haver quem lhos de com elles na cara, e por outras regiões com hum rabo de Arraia; enchendo os armazens do Chiado de imma palhada de Livros sem alma, e sem churume, que as mãis de familia destribuão por suas filhas em lugar das Horas Alarianas,..............
http://books.google.com/books?id=5uzTAAAAMAAJ&printsec=frontcover&vq=ARRAIA&hl=es#v=onepage&q=ARRAIA&f=false
miércoles, 5 de enero de 2011
1866- Pugilato y Batuques en Dahomé
PARTE NÃO OFFICIAL.(JULHO 1866)
VIAGEM DA ESCUNA «NAPIER» A S. JOAO BAPTISTA DE AJUDA.
(Continuação.)
Diversas denominações da costa da Mina — Apparencia desta ce perigoso banco que a prolonga—Communicaçoes com a terra no ancoradouro de Ajuda — Desembarque do Governador de S. Thomé o recepção pelo Xáxá.
(pag 57, 58, etc.) Estávamos sentados em semicírculo, o Governador no centro, comigo á direita e o Xáxá á esquerda;.............., o Avogá elevou a saúde «a el REi de Portugal, que se não esquecia dos seus verdadeiros amigos de Dahomé». Foi correspondida com uma oulra, que o Governador dirigiu «ao poderoso rei de Dahomé, digno alliado de Portugal». .................Sentaram-se todos e começaram as conversações e observações particulares, emquanto pela frente da arvore passavam em continência, ao som dos batuques e gritaria, todos os soldados que acompanhavam o Avogá. Pareciam regularmente armados como os do Xáxá, e tanto estes como todos os que vi emquanto estive em Ajuda, eram pretos possantes, ágeis e mostrando um todo marcial e atrevido; ao passarem entoavam canções guerreiras, a que os outros faziam coro com grilos, e todos elevavam as espingardas por cima da cabeça, dando-lhes movimentos rotatórios como a maças, ou achas de armas que pretendessem arremessar. À marcha seguiu-se uma scena de corridas e de pugilato, que me foi explicado ser a representação de uma caça aos escravos ou perseguição aos vencidos após um combate. Fosse o que fosse deram-se galopes da força de um pur sang nas corridas de Derby ou Vincennes, e despedirain-se soccos que fariam inveja ao mais perfeito boxeur.
FUENTE: Annaes do Conselho Ultramarino, Portugal. Conselho Ultramarino, Imprensa Nacional, 1868
http://books.google.com/books?id=ULVMAAAAYAAJ&hl=es&source=gbs_navlinks_s
VIAGEM DA ESCUNA «NAPIER» A S. JOAO BAPTISTA DE AJUDA.
(Continuação.)
Diversas denominações da costa da Mina — Apparencia desta ce perigoso banco que a prolonga—Communicaçoes com a terra no ancoradouro de Ajuda — Desembarque do Governador de S. Thomé o recepção pelo Xáxá.
(pag 57, 58, etc.) Estávamos sentados em semicírculo, o Governador no centro, comigo á direita e o Xáxá á esquerda;.............., o Avogá elevou a saúde «a el REi de Portugal, que se não esquecia dos seus verdadeiros amigos de Dahomé». Foi correspondida com uma oulra, que o Governador dirigiu «ao poderoso rei de Dahomé, digno alliado de Portugal». .................Sentaram-se todos e começaram as conversações e observações particulares, emquanto pela frente da arvore passavam em continência, ao som dos batuques e gritaria, todos os soldados que acompanhavam o Avogá. Pareciam regularmente armados como os do Xáxá, e tanto estes como todos os que vi emquanto estive em Ajuda, eram pretos possantes, ágeis e mostrando um todo marcial e atrevido; ao passarem entoavam canções guerreiras, a que os outros faziam coro com grilos, e todos elevavam as espingardas por cima da cabeça, dando-lhes movimentos rotatórios como a maças, ou achas de armas que pretendessem arremessar. À marcha seguiu-se uma scena de corridas e de pugilato, que me foi explicado ser a representação de uma caça aos escravos ou perseguição aos vencidos após um combate. Fosse o que fosse deram-se galopes da força de um pur sang nas corridas de Derby ou Vincennes, e despedirain-se soccos que fariam inveja ao mais perfeito boxeur.
FUENTE: Annaes do Conselho Ultramarino, Portugal. Conselho Ultramarino, Imprensa Nacional, 1868
http://books.google.com/books?id=ULVMAAAAYAAJ&hl=es&source=gbs_navlinks_s
1844- GUINÉ e CABO VERDE -Luta Gymnástica
Estatistíca das possessões portuguezas, Volumen 1 ,José Joaquim Lopes de Lima, Francisco Maria Bordalo
Imprensa nacional, 1844
(pág 114) Dos habitantes da Guiné do Cabo Verde (1) muito se tem escripto, e mui bem, desde o século 16.°, em tempo que esta dependência das Ilhas de Cabo Verde começava ao Norte no Senegal, e acabava no Sul em Cabo Ledo: não é tamanha agora a minha tarefa: perdidos (por peccados nossos, pela nossa negligencia e pelos damnos que ao triste Portugal acarretou o domínio de Caslella) — o Senegal, o Gambia, e Serra Leoa, — nào tenho que faflar dos Barbacins, dos Jalofos, nem dos Sitmbas, que já não entram no nosso domínio
(pág 118) Um funeral, ou Choro, como lá lhe chamam, é o acto mais solemne em uma povoação destes Gentios: .......................Se o defunto é mancebo na flor da idade.................. e passa-se dahi a um banquete geral de carne assada em fogueiras (para o que se mata um Touro), e vinho de palma, acabando quasi sempre as exéquias com uma luta gymnastica entre os mancebos...................................Por ultimo todos os Povos desta Costa vivem sepultados em profunda ignorância: .................a sua semana é de seis dias,—cinco dos quaes empregam no trabalho, e o sexto, (que chamam Fiei) em beber, dormir, e lutar, ou dançar ao som do batuque (1).
http://books.google.com/books?id=n8lDAAAAYAAJ&printsec=frontcover&hl=es#v=onepage&q&f=false
Imprensa nacional, 1844
(pág 114) Dos habitantes da Guiné do Cabo Verde (1) muito se tem escripto, e mui bem, desde o século 16.°, em tempo que esta dependência das Ilhas de Cabo Verde começava ao Norte no Senegal, e acabava no Sul em Cabo Ledo: não é tamanha agora a minha tarefa: perdidos (por peccados nossos, pela nossa negligencia e pelos damnos que ao triste Portugal acarretou o domínio de Caslella) — o Senegal, o Gambia, e Serra Leoa, — nào tenho que faflar dos Barbacins, dos Jalofos, nem dos Sitmbas, que já não entram no nosso domínio
(pág 118) Um funeral, ou Choro, como lá lhe chamam, é o acto mais solemne em uma povoação destes Gentios: .......................Se o defunto é mancebo na flor da idade.................. e passa-se dahi a um banquete geral de carne assada em fogueiras (para o que se mata um Touro), e vinho de palma, acabando quasi sempre as exéquias com uma luta gymnastica entre os mancebos...................................Por ultimo todos os Povos desta Costa vivem sepultados em profunda ignorância: .................a sua semana é de seis dias,—cinco dos quaes empregam no trabalho, e o sexto, (que chamam Fiei) em beber, dormir, e lutar, ou dançar ao som do batuque (1).
http://books.google.com/books?id=n8lDAAAAYAAJ&printsec=frontcover&hl=es#v=onepage&q&f=false
martes, 4 de enero de 2011
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