•Diario Oficial:
ESTADOS UNIDOS DO BRASIL , REPUBLICA FEDERAL , ORDEM E PROCRESSO ANO LXX — 43 DA REPUBLICA — N. 233 , CAPITAL FEDERAL , SABADO, 3 OUTUBRO DE 1931, Pg. 85. Seção 1
TITULO XI, CODIGO POLICIAL, CAPITULO III, DAR INFRAÇÕES POLICIAIS E ADMINISTRATIVAS
Art. 969. Sao infrações da competencia dos Tribunais de Policia:
12, empenhar-se em luta corporal;
13, desafiar ou provocar alguein para luta em pugilato;
11. incitar, impelir, estimular luta corporal; expôr ao ridiculo o desafiado ou forçá-lo a aceitar o desafio:
27, jogar, na via publica, peteca, bola, ou praticar divertimentos analogos;
28, percorrer a cidade em blocos, cordões ou outros agrupamentos carnavalescos sem licença da. Policia;
jueves, 16 de diciembre de 2010
miércoles, 8 de diciembre de 2010
CAPOEIRA:From Senzala to Olympic Games?
CAPOEIRA, Da senzala às Olimpíadas?, From Senzala to Olympic Games?
Américo Pellegrini Filho.(1)
O professor Sérgio Luiz de Souza Vieira, da CBC, explica:
A Capoeira já sendo praticada em 48 países, estamos tentando chegar a 75 países, para podermos participar de megacompetições, do gênero de Olimpíadas. Estamos incentivando a criação de Ligas, no Brasil, e já temos 57 dessas entidades regionais; vamos fundar a Federação Mundial de Capoeira e realizaremos um congresso mundial de procedimentos, visando à sua padronização.5 Mas, ele não esconde a ocorrência daquelas atitudes de “rebeldia” por parte de capoeiristas contemporâneos: “Existe certa resistência de vários praticantes da Capoeira, quanto à padronização de procedimentos”6.
E explica que isso faz parte de uma fase de mudanças:
Para muitos, a Capoeira foi o único meio de ascensão social possível. Sabendo-se que essas pessoas tiveram sua ascensão conseguida informalmente, podem sentir-se inseguras; mas temos feito esforço para que esses capoeiristas se reciclem. Também houve oportunidade para que mestres criassem procedimentos, práticas, golpes, de maneira que formaram grandes grupos, alguns até inimigos entre si. Agora, com a Confederação e o objetivo de padronização de procedimentos e técnicas, começa a haver um choque de posições.7
Essas opiniões coincidem com as de mestre Valdenor Silva dos Santos, presidente da Federação Paulista de Capoeira:
Para se obter um reconhecimento internacional, faltam procedimentos básicos padronizados, visando a se dispor de um entendimento global, de uma linguagem universal. Os pontos mais críticos me parecem ser estes: graduações, didática e exploração da modalidade como desporto, com respeito a todos os valores advindos de um trabalho dirigido para a formação bio-psico-social do ser humano.8
Portanto, passou o tempo em que a Capoeira era uma malandragem macunaímica, objetivando derrotar o adversário e até sangrá-lo. Se se quiser que a “ginástica brasileira” alcance realmente a posição de modalidade em uma Olimpíada do século XXI, deverá ser aceita a necessidade urgente de se implantarem normas padronizadas e respeito mútuo. Até para manter características e identidade. De olho nesse futuro próximo, um slogan da Federação Paulista afirma: “Capoeira - a opção do 3º milênio”.
Conscientes da necessidade dessa padronização e de rigor nas normas, dirigentes capoeiristas reuniram-se em São Paulo no 2º Congresso Técnico Nacional de Capoeira, 1999. A pauta do evento revela essa preocupação: Código Brasileiro Disciplinar de Capoeira, conceituação de terminologia, padronização de entidades, revisão de conteúdos para aperfeiçoamento de arbitragem, criação de graduação infantil (5 a 13 anos) e outros itens. Hoje, existem cerca de 5.500 academias (ou entidades com outras denominações) de Capoeira. Além do Brasil, Argentina e Portugal têm suas federações. Com 75 países praticando o jogo atlético, poderá ser criada nova modalidade olímpica feminina; e depois, com 125 países, poderá ser aprovada a modalidade masculina. Alguns dirigentes confiam em que, para Olimpíadas vindouras, possa haver a modalidade Capoeira, já consolidada.
Nessas (desejadas) circunstâncias, haverá nomenclatura padronizada tendo por base a língua portuguesa praticada no Brasil; como ocorre hoje com outras modalidades desportivas, que mantêm sua nomenclatura na língua do país de origem. Exemplos: tatame, yuko, ippon (no judô), soling, star (classes de iatismo), set (no vôlei, no tênis, em bola-ao-cesto ou basquete) etc – termos integrados na crônica esportiva jornalística e em comentários de aficionados. No processo de institucionalização pelo qual passa a Capoeira, se os dirigentes forem felizes com a manutenção de suas características e sua identidade, ao mesmo tempo em que realçarem nela valores positivos aceitos pelas sociedades, é lícito supor que nas próximas décadas poderemos captar uma transmissão de emissora estrangeira, naturalmente em língua estrangeira, sobre acirrada disputa da nova modalidade olímpica, mais ou menos assim: “O japonês Nakamaki aplica um rabo-de-arraia no alemão Steffen Schmidt, que se livra e agora ataca com uma bananeira...!”
Tudo dentro dos padrões da santa paz desportiva das Olimpíadas modernas, sem malandragens antiéticas. Vamos torcer também para que a BBC de Londres possa transmitir: A GOLD MEDAL FOR BRAZIL, IN CAPOEIRA!.
(1) Américo Pellegrini Filho - Possui graduação em Jornalismo pela Faculdade de Comunicação Social Cásper Líbero (1958), mestrado em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo (1980), doutorado em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo (1987), Livre-Docente (1992) e Titular (1996), pela mesma Universidade. Atualmente, aposentado, é professor-colaborador em Pós-Graduação na Escola de Comunicações e Artes-Universidade de São Paulo. Sua atuação acadêmica se prende principalmente aos seguintes temas: patrimônio cultural, turismo cultural, patrimônio natural, folclore/cultura popular, comunicação popular escrita.
Américo Pellegrini Filho.(1)
O professor Sérgio Luiz de Souza Vieira, da CBC, explica:
A Capoeira já sendo praticada em 48 países, estamos tentando chegar a 75 países, para podermos participar de megacompetições, do gênero de Olimpíadas. Estamos incentivando a criação de Ligas, no Brasil, e já temos 57 dessas entidades regionais; vamos fundar a Federação Mundial de Capoeira e realizaremos um congresso mundial de procedimentos, visando à sua padronização.5 Mas, ele não esconde a ocorrência daquelas atitudes de “rebeldia” por parte de capoeiristas contemporâneos: “Existe certa resistência de vários praticantes da Capoeira, quanto à padronização de procedimentos”6.
E explica que isso faz parte de uma fase de mudanças:
Para muitos, a Capoeira foi o único meio de ascensão social possível. Sabendo-se que essas pessoas tiveram sua ascensão conseguida informalmente, podem sentir-se inseguras; mas temos feito esforço para que esses capoeiristas se reciclem. Também houve oportunidade para que mestres criassem procedimentos, práticas, golpes, de maneira que formaram grandes grupos, alguns até inimigos entre si. Agora, com a Confederação e o objetivo de padronização de procedimentos e técnicas, começa a haver um choque de posições.7
Essas opiniões coincidem com as de mestre Valdenor Silva dos Santos, presidente da Federação Paulista de Capoeira:
Para se obter um reconhecimento internacional, faltam procedimentos básicos padronizados, visando a se dispor de um entendimento global, de uma linguagem universal. Os pontos mais críticos me parecem ser estes: graduações, didática e exploração da modalidade como desporto, com respeito a todos os valores advindos de um trabalho dirigido para a formação bio-psico-social do ser humano.8
Portanto, passou o tempo em que a Capoeira era uma malandragem macunaímica, objetivando derrotar o adversário e até sangrá-lo. Se se quiser que a “ginástica brasileira” alcance realmente a posição de modalidade em uma Olimpíada do século XXI, deverá ser aceita a necessidade urgente de se implantarem normas padronizadas e respeito mútuo. Até para manter características e identidade. De olho nesse futuro próximo, um slogan da Federação Paulista afirma: “Capoeira - a opção do 3º milênio”.
Conscientes da necessidade dessa padronização e de rigor nas normas, dirigentes capoeiristas reuniram-se em São Paulo no 2º Congresso Técnico Nacional de Capoeira, 1999. A pauta do evento revela essa preocupação: Código Brasileiro Disciplinar de Capoeira, conceituação de terminologia, padronização de entidades, revisão de conteúdos para aperfeiçoamento de arbitragem, criação de graduação infantil (5 a 13 anos) e outros itens. Hoje, existem cerca de 5.500 academias (ou entidades com outras denominações) de Capoeira. Além do Brasil, Argentina e Portugal têm suas federações. Com 75 países praticando o jogo atlético, poderá ser criada nova modalidade olímpica feminina; e depois, com 125 países, poderá ser aprovada a modalidade masculina. Alguns dirigentes confiam em que, para Olimpíadas vindouras, possa haver a modalidade Capoeira, já consolidada.
Nessas (desejadas) circunstâncias, haverá nomenclatura padronizada tendo por base a língua portuguesa praticada no Brasil; como ocorre hoje com outras modalidades desportivas, que mantêm sua nomenclatura na língua do país de origem. Exemplos: tatame, yuko, ippon (no judô), soling, star (classes de iatismo), set (no vôlei, no tênis, em bola-ao-cesto ou basquete) etc – termos integrados na crônica esportiva jornalística e em comentários de aficionados. No processo de institucionalização pelo qual passa a Capoeira, se os dirigentes forem felizes com a manutenção de suas características e sua identidade, ao mesmo tempo em que realçarem nela valores positivos aceitos pelas sociedades, é lícito supor que nas próximas décadas poderemos captar uma transmissão de emissora estrangeira, naturalmente em língua estrangeira, sobre acirrada disputa da nova modalidade olímpica, mais ou menos assim: “O japonês Nakamaki aplica um rabo-de-arraia no alemão Steffen Schmidt, que se livra e agora ataca com uma bananeira...!”
Tudo dentro dos padrões da santa paz desportiva das Olimpíadas modernas, sem malandragens antiéticas. Vamos torcer também para que a BBC de Londres possa transmitir: A GOLD MEDAL FOR BRAZIL, IN CAPOEIRA!.
(1) Américo Pellegrini Filho - Possui graduação em Jornalismo pela Faculdade de Comunicação Social Cásper Líbero (1958), mestrado em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo (1980), doutorado em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo (1987), Livre-Docente (1992) e Titular (1996), pela mesma Universidade. Atualmente, aposentado, é professor-colaborador em Pós-Graduação na Escola de Comunicações e Artes-Universidade de São Paulo. Sua atuação acadêmica se prende principalmente aos seguintes temas: patrimônio cultural, turismo cultural, patrimônio natural, folclore/cultura popular, comunicação popular escrita.
viernes, 3 de diciembre de 2010
1865-PARAGUAY - Capoeiras en la Guerra,
Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, Instituto historico, geografico e ethnographico do Brasil - 1987. (pag13)
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