jueves, 9 de septiembre de 2010

1888-Indios Caiangans EN COMBATE SIMULADO ¿XONDARO?

Author: Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais (Brazil)

Volume: 51
Publisher: Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil : O Instituto
Year: 1888
Possible copyright status: NOT_IN_COPYRIGHT
Language: Portuguese
Collection: americana


Lima Campos localizou a origem da capoeira nos distúrbios da Independência, “pela necessidade do independente, fisicamente fraco [o mestiço brasileiro], de se defender ou agredir o expossessor robusto [o português]”. Negava ou diluía, outra vez, as origens escravas da capoeira, e até reclamava uma origem indígena para a arte:
Creou-a o espírito inventivo do mestiço, porque a capoeira não é portuguesa nem é negra, é mulata, é cafusa e é mameluca, isto é – é cruzada, é mestiça, tendo-lhe o mestiço anexado, por princípios atávicos e com adaptação inteligente, a navalha do fadista da mouraria lisboeta alguns movimentos sambados e simiescos do africano e, sobreudo, a agilidade, a levipedez felina e pasmosa do índio nos saltos rápidos, leves e imprevistos para um lado e outro, para vante e,  surpreendentemente,como um tigrino real, para trás, dando sempre a frente ao inimigo. (L. C., 1906)
A invenção de uma ancestralidade indígena, conforme o modelo romântico
do século XIX, oferecia a vantagem de conferir um caráter mais nobre
(como o bom selvagem da Ilustração setecentista) e mais autenticamente
brasileiro à capoeira. Além do mais, a inclusão de algum elemento indígena
nas origens da arte se enquadra melhor com a ideia fixa de que tudo o que é autenticamente brasileiro provém da mestiçagem entre as “três raças” formadoras. De fato, até o presente há autores que afirmam
que Anchieta ou Martim Afonso de Souza presenciaram os povos tupi jogando capoeira (BRASIL, [1994?], p. 1).
fuente: Antropolítica N iterói, n. 24, p. 19-40, 1. sem. 2008

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