De Prática Marginal a Esporte Nacional: O Nascimento da arte Marcial Brasileira “Na sociedade republicana e pretensamente igualitária daquele começo de século, a capoeira ‘bárbara’, para existir, deveria ‘civilizar-se’, isto é, renunciar às suas origens étnicas negras e a seu aspecto combativo e tornar-se ‘mestiça’ e ‘gymnastica nacional’. A capoeira é então dotada de uma previsibilidade que dilui o medo branco pois, com a capoeira ‘regrada e metodizada’, todos, brancos e negros, conheceriam as regras do jogo e, ao praticarem o esporte, deveriam respeitá-las. Os capoeiras tornam-se capoeiristas, as navalhas saem de seus pés e vão enfeitar as paredes das academias ou, desprovidas de corte, serão exibidas em demonstrações públicas. Portanto, a capoeira ‘regrada’ permite o ‘convívio pacifico’ entre brancos e negros, ambos considerados agora genuinamente cidadãos brasileiros perante a lei”. Letícia Vidor de Sousa Reis.
De Prática Marginal a Esporte Nacional: O Nascimento da arte Marcial Brasileira
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igualitária daquele começo de século, a capoeira ‘bárbara’, para existir, deveria ‘civilizar-se’, isto é, renunciar às suas origens étnicas negras e a seu aspecto combativo e tornar-se ‘mestiça’ e ‘gymnastica nacional’. A capoeira é então dotada de uma previsibilidade que dilui o medo branco pois, com a capoeira ‘regrada e metodizada’, todos, brancos e negros, conheceriam as regras do jogo e, ao praticarem o esporte, deveriam respeitá-las. Os capoeiras tornam-se capoeiristas, as navalhas saem de seus pés e vão enfeitar as paredes das academias ou, desprovidas de corte, serão exibidas em
demonstrações públicas. Portanto, a capoeira
‘regrada’ permite o ‘convívio pacifico’ entre
brancos e negros, ambos considerados agora
genuinamente cidadãos brasileiros perante a
lei”.
Letícia Vidor de Sousa Reis.